São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
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Sem paraíso, sem artifícios

Bandeirantes, 0h30

INÁCIO ARAUJO

O desafio de "Drugstore Cowboy" era fazer um filme sobre a droga sem um ponto de vista apriorístico. Gus Van Sant partiu daí ao mostrar tanto um assalto a uma farmácia, como uma ocultação de cadáver. A mesma coisa é tanto trágica como cômica, depende apenas do olhar. Van Sant não foge da alegria da droga, também não canta os paraísos artificiais. A droga é, sim, como um estranho objeto, um fenômeno com duas dimensões superpostas (pessoal e social), um enigma que a figura de William Burroughs, o escritor, o drogado, resume bem.
(IA)

DRUGSTORE COWBOY (Drugstore Cowboy)
EUA, 1966, 101 min. Direção: Gus Von Sant. Com Matt Dillon, Kelly Lynch, James Remar.
Muito simples: dois casais de viciados passam a vida em busca de drogas. Do mais cômico ao mais dramático, Van Sant dedica-se a um cinema descritivo: omite qualquer julgamento para mostrar o que é a vida de um drogado. Belo filme

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