São Paulo, terça-feira, 26 de março de 1996 |
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Renault deixa entidade de importadores
ARTHUR PEREIRA FILHO
A marca francesa, líder de vendas em 95 entre os importadores sem fábricas no país, está trocando de lado: vai pedir filiação à Anfavea, a entidade das montadoras. A afirmação é de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente do grupo Caoa (ex-importador oficial da marca) e um dos sócios da Renault do Brasil. "Não há mais interesse em continuar na Abeiva. Vamos construir uma fábrica no país", diz Andrade. Na dia 29, a Renault lança a pedra fundamental da sua unidade em São José dos Pinhais (PR), onde pretende investir US$ 1 bilhão. A decisão de pedir oficialmente o ingresso na Anfavea deve ser tomada hoje, durante reunião dos diretores da Renault brasileira. Uma consulta informal já foi feita à direção da Anfavea. O estatuto da entidade prevê a existência de um "processo produtivo básico" para garantir a filiação. Mas a Anfavea já estuda uma flexibilização dessas regras para abrigar as novas montadoras que estão chegando ao país. O presidente da Abeiva, Emílio Julianelli, confirmou a saída da Renault da entidade. Mas ainda acredita no retorno da marca. "Até o início da produção, previsto para 99, a Renault continua sendo uma importadora", afirma. Julianelli deixa a presidência da Abeiva no dia 29. Será substituído por José Carlos Gandini, da Kia, que ocupará o cargo até 99. A Renault não foi a única marca a deixar a Abeiva. A japonesa Subaru, que passou para o controle do grupo Vicunha no final do ano passado, também está afastada desde dezembro. Para compensar a saída da Renault e Subaru, Julianelli anunciou a adesão de duas novas marcas à Abeiva: as romenas Yugo e Dacia. Sem contar com os números da Renault e Subaru, as vendas das empresas filiadas à Abeiva em fevereiro caíram 15,65% na comparação com o mês anterior. Foram vendidas 5.237 unidades. A liderança ficou com a Asia (1.076). Texto Anterior: Dissidentes vão boicotar assembléia Próximo Texto: Ações do BB despencam na Bovespa Índice |
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