São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996
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Varig volta a investir neste ano

Perda é contábil, diz empresa

LUIZ CAVERSAN
DIRETOR DA SUCURSAL DO RIO

Embora tenha registrado prejuízo de R$ 6,8 milhões em seu balanço de 95, a Viação Aérea Riograndense S/A continua em recuperação, teve resultado de atividade satisfatório e fará investimentos em modernização este ano.
As afirmações foram feitas ontem no Rio pelo presidente da Varig, Fernando Pinto, 46, para quem o prejuízo foi "apenas contábil", fruto principalmente da venda de três aeronaves Boeing 747-200, cujos preços obtidos no mercado foram inferiores aos registrados na escrita da empresa.
"No ano de 95, a Varig registrou resultado de atividade -receita menos despesa- de R$ 229 milhões, 104% a mais que em 94, quando o resultado foi de R$ 112 milhões", disse Pinto.
Para ele, os números deste ano "demonstram solidez", porque são "suficientes para cobrir todas as despesas financeiras".
Para o presidente da principal companhia de aviação do país -53% do mercado doméstico-, se não fosse a venda das aeronaves e também a variação das moedas que compõem a dívida da companhia (iene e dólar), o balanço registraria lucro de R$ 16 milhões.
Rejuvenescimento
Pinto afirmou que a Varig continuará seu processo de remodelação empresarial, que visa diminuir despesas e ampliar as receitas.
O presidente da companhia anunciou o investimento de R$ 40 milhões este ano no que ele chamou de "rejuvenescimento" da Varig. "Estamos aumentando o espaço das classes executivas para vôos internacionais, mudando o serviço de bordo e investindo também na informatização", disse.
A redução do quadro funcional da empresa é outro ponto do programa de reestruturação. Pinto não quis falar em números.
As mudanças terão como ponto culminante a troca, ainda este ano, do logotipo da empresa. A meta da Varig para 1996 é atingir R$ 3,6 bilhões de faturamento bruto, contra os R$ 3,1 bilhões de 1995.

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