São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O balcão de negócios na reforma da Previdência

Como votaram os deputados dissidentes
1. Cinco dissidentes do PMDB-PB (Cássio Cunha Lima, Gilvan Freire, Ivandro Cunha Lima, José Aldemir, Roberto Paulino) passaram a apoiar a emenda da Previdência
2. Seis dissidentes de Rondônia (Carlos Camurça, PPB; Confúcio Moura, PMDB; Emerson Olavo Pires, PMDB; Expedito Júnior, PPB; Oscar Andrade, PMDB; Silvernani Santos, PPB) voltaram a apoiar a emenda da Previdência
3. Dois dissidentes do PMDB gaúcho (Paulo Rítzel e Wilson Cignachi) decidiram apoiar a emenda da Previdência; outros dois, que estavam licenciados (Nelson Proença e Mendes Ribeiro Filho) reassumiram seus mandatos por determinação do governador
4. Três dissidentes do PMDB paranaense (Hermes Parcianello, Elias Abrahão, Max Rosenmann) passaram a apoiar o governo na reforma
5. Quatro dissidentes do PMDB mineiro (Marcos Lima, Antônio do Valle, Saraiva Felipe, que votaram contra o governo, e Genésio Bernardino, que se absteve) voltaram a apoiar o governo
6. Um dissidente do PPB de Tocantins (Darci Coelho, que se absteve na primeira votação), passou a apoiar FHC
7. Dois dissidentes do PMDB de Tocantins (Freire Júnior e Udson Bandeira) voltaram a apoiar FHC
8. Um dissidente do PMDB em Alagoas (Olavo Calheiros) passou a apoiar o governo
9. Um dissidente do PMDB no Maranhão (Pedro Novais, que se absteve de votar na primeira votação), voltou a apoiar o governo
10. Quatorze dissidentes do PPB (Cunha Lima, Fausto Martello, Jorge Tadeu Mudalen, Ushitaro Kamia, Eurico Miranda, Jorge Wilson, Laprovita Vieira, Robério Araújo, Augusto Nardes, Fetter Júnior, Dilceu Sperafico, José Janene, Márcio Reinaldo Moreira, que votaram contra o governo, e Valdomiro Meger, que se absteve na primeira votação), voltaram a apoiar FHC
11. Um dissidente do PTB mineiro (Paulo Heslander) passou a apoiar a emenda
12. Dois dissidentes do PTB paulista (Vicente Cascione, Duilio Pisaneschi) votaram com o governo
13. Um dissidente do PFL do Amapá (Murilo Pinheiro) voltou a apoiar o governo

Vantagens recebidas e ameaças sofridas

1. O governo prometeu liberar R$ 30 milhões para a construção de um canal ligando os açudes Curumas e Mãe D'Água. Fernando Henrique Cardoso ameaçou demitir o secretário de Políticas Regionais, Cícero Lucena (PMDB-PB)
2. O governo FHC prometeu liberar R$ 30 milhões para o governador do Estado, Valdir Raupp (PMDB), para obras de restauração da BR-364 e eletrificação rural. Além disso, o deputado Carlos Camurça recebeu cargos na Teleron
3. O governo FHC assumiu uma dívida de R$ 5 bilhões do Rio Grande do Sul. Além disso, a seção gaúcha estava ameaçada de perder um de seus dois ministérios -Justiça e Transportes- para o PPB
4. O governo indicou um protegido do deputado Hermes Parcianello para a superintendente da RFFSA no Paraná
5. O governo indicou um protegido do deputado Marcos Lima para uma das superintendências da Rede Ferroviária Federal no Estado
6. O governo deu o aval do Tesouro Nacional a um empréstimo externo do governador Siqueira Campos (PPB), no valor de US$ 220 milhões
7. O governo prometeu entregar a eles cargos federais no Estado e proteger os prefeitos do partido
8. O governador de Alagoas, Divaldo Suruagy (PMDB), obteve aval do Tesouro Nacional para um empréstimo externo de R$ 200 milhões
9. A governadora Roseana Sarney (PFL) recebeu um pacote de verbas do governo federal de R$ 131 milhões
10. O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, conseguiu que FHC federalizasse dívidas mobiliárias da prefeitura no valor de R$ 3,3 bilhões. Além disso, o PPB recebeu a promessa de um ministério. O governo também ameaçou demitir o irmão do deputado Márcio Reinaldo Moreira (MG) da chefia do INSS em Belo Horizonte
11. O governo ameaçou demitir a mulher do deputado da diretoria de Operações da Telemig
12. O governo ameaçou demitir dois diretores da Companhia das Docas de Santos ligados a Cascione
13. Obteve liberação de verbas para escolas técnicas do Estado

O balcão de negócios na CPI dos Bancos
Como atuaram os senadores
1. Iris Rezende (PMDB-GO): atropelou o regimento interno para apressar a aprovação do arquivamento da CPI dos Bancos. Os outros dois senadores do PMDB goiano (Mauro Miranda e Onofre Quinan) também apoiaram o fim da CPI
2. O dissidente Carlos Bezerra (PMDB-MT), que assinou o pedido de abertura da CPI, se absteve na hora da votação do pedido de arquivamento da CPI
3. O dissidente Casildo Maldaner (PMDB-SC), que apoiava a CPI, também se absteve na votação do pedido de arquivamento
4. Ramez Tebet (PMDB-MS) votou a favor do arquivamento da CPI na CCJ e no plenário
5. Pedro Simon (PMDB-RS), que apoiava a CPI, ausentou-se da votação sobre o arquivamento da CPI

Vantagens recebidas e ameaças sofridas
1. Rezende indicou o presidente do Departamento Nacional de Produção Mineral. A nomeação já saiu
2. O governo ameaçou demitir seus protegidos no Incra e no Dner, se votasse contra FHC
3. Recebeu a promessa de que seus pedidos serão atendidos
4. O governo prometeu verbas para a construção de uma ponte sobre o rio Paraguai

Texto Anterior: Obra espera chegada de tucano
Próximo Texto: Revista critica fisiologismo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.