São Paulo, sábado, 30 de março de 1996 |
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Incra reconhece que assentou menos do que havia divulgado Só 4 novas áreas foram destinadas no PR a sem-terra GEORGE ALONSO
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reconheceu ontem que, de fato, foram contabilizados, nos números referentes ao primeiro ano de FHC, assentamentos cuja implantação começou há alguns anos. "Mas as terras não eram do Incra. Existiam pendências judiciais só concluídas em 1995. As famílias ocupavam as áreas irregularmente e o Incra não podia emitir a posse", afirmou Alceu Azevedo, diretor de Assentamentos do Incra. Uma lista feita pelo MST no Paraná aponta a existência de assentamentos desde 1987, como os de Pontal do Tigre (em Querência do Norte) e de Vitória (em Quedas do Iguaçu). O primeiro chegou a ser visitado pelo ex-presidente do Incra Francisco Graziano. No Paraná, pelos números fornecidos pelo Incra, foram assentadas 1.374 famílias em 25 projetos. Segundo Carlos Finhler, líder da entidade dos sem-terra naquele Estado, houve só regularização que não dependeu do Incra e sim da Justiça. "Em cima da terra, o governo não assentou poucas novas famílias. Mas contou as que já estavam em cima da terra", disse. Marcha em MG Cerca de 500 camponeses da região de Ipatinga ligados ao MST iniciaram caminhada em defesa da reforma agrária rumo a Belo Horizonte (MG), com chegada prevista para o dia 10. Texto Anterior: Sem-terra ocupam fazenda de 5,4 mil hectares no Maranhão Índice |
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