São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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'Carta de Salvador' recomenda ação conjunta entre governos

ANTONIO ROCHA FILHO
LUIZ ANTONIO CINTRA

ANTONIO ROCHA FILHO; LUIZ ANTONIO CINTRA
ENVIADOS ESPECIAIS A SALVADOR

Globalização tende a causar o crescimento desordenado

Os governos federais, estaduais e municipais precisam adotar programas de descentralização e políticas conjuntas entre os vários níveis de poder para fazer frente ao processo de globalização, que tende a causar um crescimento desordenado das cidades.
Essa é a principal conclusão da Carta de Salvador, documento resultante da 4ª Conferência do Centro Ibero-Americano de Desenvolvimento Estratégico Urbano (Cideu), encerrada ontem.
O Cideu é uma associação criada em 1988, que tem hoje 44 cidades-sócias em 17 países.
Para a professora Tânia Fischer, especialista em administração urbana da Universidade Federal da Bahia, o desenvolvimento das cidades passa necessariamente por um consenso social.
"Sindicatos, associações comerciais e de bairros, universidades, empresários, todos os atores sociais precisam participar do desenvolvimento das cidades", diz.
No caso brasileiro, o maior problema é que, depois de várias tentativas sem sucesso de pacto social, essa fórmula estaria "desgastada".
O segundo problema desse tipo de mobilização social, ainda no Brasil, é o risco de descontinuidade. "A regra no Brasil é que as novas administrações municipais parem com os programas iniciados pelas anteriores."
Segundo a carta, cabe às prefeituras -próximas dos problemas- tomar decisões e adotar políticas para o desenvolvimento urbano.

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