São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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Abras pede II menor a Malan

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Paulo Afonso Feijó, entregou ontem ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, um documento reivindicando a redução de alíquotas de produtos importados.
Alguns produtos importados de países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) devem ter aumento de alíquotas a partir de 30 de abril. A Abras defende a manutenção ou mesmo a redução do patamar atual.
Feijó diz que os produtos importados contribuem para aumentar a competitividade industrial, estabilizar os preços e permitir aos supermercados oferecer maior variedade de produtos.
A reivindicação dos supermercados acontece no momento em que o governo recua na meta de queda abrupta das alíquotas de importação, a partir de abril, e anuncia redução mais gradual.
Feijó defende maior abertura da economia. Ele exemplificou: a alíquota de importação do peixe cavala de países do Mercosul é hoje de 4%. Passará para 10% em 30 de abril. A Abras pediu a manutenção da alíquota em 4%.
A alíquota de importação de dentifrícios de países do Mercosul é hoje de 4% e passará para 18% em 30 de abril. A Abras reivindicou que a alíquota seja mantida em 4%.
Vendas crescem
No discurso que realizou ontem na sede da Abras, Malan enfatizou a importância dos supermercados para a manutenção do sucesso do Plano Real e para a estabilização dos preços no varejo.
Ele observou que a competição no setor supermercadista permitiu que a cesta básica variasse apenas 1,5% de 30 de junho de 94 a 28 deste mês.
Malan afirmou que o Brasil tem hoje "uma inflação civilizada como não se teve no último quarto de século".
O presidente da Abras, Paulo Afonso Feijó, disse que a presença de produtos importados nas prateleiras dos supermercados contribuiu também para aumentar a competição entre os fornecedores.
Segundo Feijó, o setor de supermercados realizou vendas no valor de US$ 43,7 bilhões em 95, com crescimento real (acima do IGP-DI) de 16,34%. Os 18 mil supermercados brasileiros empregaram 655 mil funcionários em seus 43 mil pontos-de-venda.
O presidente da Abras diz que por conta de maior eficiência e produtividade houve evolução de 16,34% no faturamento, com aumento de apenas 0,8% no número de funcionários.

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