São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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Seguro bancário cobre R$ 180 bilhões
MILTON GAMEZ
Com 25 bancos comerciais e múltiplos quebrados após o Real, suspeitas de fraudes contábeis no balanço do ex-Banco Nacional e o fantasma recorrente da CPI do sistema financeiro, a insegurança é natural para quem tem depósitos sob a guarda da banca nacional. Apesar dessas nuvens negras, não há, de fato, motivo para pânico. O dinheiro da grande maioria da população que tem conta em banco está segurado contra eventuais banqueiros falidos ou estelionatários. Pelo menos, para quem tem até R$ 20 mil em depósitos em conta corrente, caderneta de poupança, CDB e RDB (certificado e recibo de depósito bancário) e letras imobiliárias, hipotecárias ou de câmbio. Até esse valor, cada pessoa ou empresa tem a cobertura automática do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), entidade privada sem fins lucrativos, mantida por todos os bancos do sistema financeiro nacional a partir deste ano. Quem tem mais do que R$ 20 mil a preservar pode aumentar seu seguro abrindo contas conjuntas com o cônjuge ou outras pessoas, pois a garantia é por CPF. "A clientela dos bancos pode ficar tranquila, pois o fundo já está valendo", afirma Roberto Konder Bornhausen, presidente do Conselho de Administração do FGC. O fundo já cobre uma montanha de depósitos estimada em R$ 180 bilhões. O primeiro sinistro pós-FGC ocorreu no último dia 21, quando o Banco Dracma, do Rio de Janeiro, foi liquidado pelo BC. O passivo (depósitos) do Dracma é pequeno, de cerca de R$ 11,3 milhões, dos quais R$ 7,9 milhões são devidos a outros bancos. Próximo Texto: Contribuição mensal é de R$ 45 milhões Índice |
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