São Paulo, domingo, 31 de março de 1996
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Fast board é alternativa barata ao jet ski

PATRÍCIA CERQUEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nos anos 60, alguns surfistas decidiram "turbinar" suas pranchas colocando um motor. A idéia agradou, mas não ganhou muitos adeptos.
Passados 30 anos, a empresa paulistana Intercon Trade lança no mercado nacional um produto semelhante: o fast board, uma prancha de caiaques com um motor de popa adaptado.
Lançado há alguns anos nos EUA, o produto é uma boa opção de lazer. Mas, para o piloto de jet ski Marcos Paniza, precisa de algumas melhorias, principalmente no conforto e na segurança.
A prancha é ideal em locais de águas calmas, como lagoas e represas. Seu motor, de 8 HPs ou 15 HPs, não permite velocidades superiores a 50 km/h.
O "acelerador", no lado direito da prancha, próximo à coxa, provoca fadiga no polegar, e a ignição, nas costas do motorista, poderia ser colocada mais à frente.
"Se o motor apaga no meio da represa, a pessoa tem de mudar de posição para dar nova partida, diz o piloto Marcos Paniza, que a pedido da Folha, testou o fast board.
Segundo o sócio da Intercon Trade, Celso Nestrovsky, 40, o custo e a facilidade de transporte do fast board são os principais atrativos. "Queremos atingir o público que não pode comprar um jet ski".
A prancha é produzida pela empresa Katamarã e não é totalmente vedada com isopor, como o jet ski.
Segundo o mecânico de jet ski Cristiano Manetti Foux, 32, que também acompanhou o teste, qualquer acidente pode furar o fast board, podendo afundá-lo. "É necessário que a durabilidade do produto seja testada a fundo."
O fast board é vendido em separado do motor. Custa R$ 1.600.

Onde encontrar - Intercon Trade: tel. (011) 66-4997.

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