São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996
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Seio tem óleo de soja no lugar de silicone

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A LILLE

Sai o silicone, entra o óleo de soja. Essa é a novidade em cirurgia plástica a ser apresentada durante o 1º Congresso Panamericano de Medicina Estética a realizar-se em São Paulo, de 28 a 30 de junho.
A nova matéria-prima para o preenchimento de seios artificiais foi desenvolvida na Suíça e será apresentada, em São Paulo, pelo médico britânico Robert Viel.
O óleo de soja não apresenta as mesmas contra-indicações do silicone. Mesmo que haja um vazamento, o líquido é absorvido sem riscos pelo ser humano, ao contrário do que ocorre com o silicone, diz o presidente da SBME (Sociedade Brasileira de Medicina Estética), Aloizio Faria de Souza.
Os novos seios artificiais continuam sendo compostos de um envoltório sintético. Muda apenas o líquido que o preenche e lhe dá a consistência mais próxima possível do seio natural.
O silicone, até aqui usado, quando escapa do envoltório, causa problemas sérios, o que tem sido motivo de incontáveis ações judiciais milionárias nos EUA.
O cirurgião, com consultório em Vitória, a capital do Espírito Santo, conta que muitas mulheres passaram a evitar a cirurgia em função das notícias sobre os problemas causados pelo silicone.
Em muitos casos, não se tratava de uma cirurgia por desejos estéticos apenas, mas por necessidade (a extração do seio contaminado por um câncer, por exemplo).
A nova técnica, já em uso na Europa, não é conhecida e, portanto, não é usada ainda no Brasil.

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