São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996 |
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Quércia tenta apoio para Leiva na disputa do PMDB paulistano
CARLOS EDUARDO ALVES
O segundo turno da prévia do PMDB está marcado para o dia 14. No primeiro turno, realizado no último domingo, Leiva teve 38% dos votos, contra 33,5% de Goldman. Pinotti, que será o fiel da balança, ficou com 28,5%. Pela primeira vez, o poder de Quércia no PMDB de São Paulo é questionado abertamente. Goldman tem o apoio da ala governista do partido. Pinotti, um aliado histórico de Quércia, rompeu politicamente com o ex-governador na semana passada. 'Confusão' Quércia não assumiu a derrota política de domingo: "Houve confusão com a candidatura do Pinotti, mas se somarmos as duas votações tivemos quase 70%". Oficialmente, o ex-governador disse que a tarefa de procurar votos cabe a Leiva. "Quem deve ir atrás de votos é o candidato e não eu." Quércia, porém, sabe que uma vitória de Goldman arranharia de vez sua fama de dono do PMDB paulista. Pinotti tinha reunião agendada para ontem à noite para discutir quem apoiará no segundo turno. "Cansei de dizer ao Quércia que ganharia no primeiro turno se ele me apoiasse", afirmou Pinotti. Cria política de Quércia, Pinotti disse também que mantém sua relação pessoal com o ex-governador. A política está abalada. "Quando eu precisei de pelo menos a neutralidade do Quércia, a resposta foi negativa", declarou. Quércia explicou o apoio a Leiva por uma questão de lealdade. "A maioria do nosso grupo resolveu apoiar o Leiva. O Pinotti aceitou, depois voltou atrás e eu não podia voltar atrás", disse Quércia. Goldman acha que o resultado provou que a liderança de Quércia no PMDB-SP não é absoluta. "O Quércia usou todo o seu capital político e não venceu." Leiva avalia que o aval de Goldman ao governo FHC forçará Pinotti a apoiar o grupo quercista. (CEA) Texto Anterior: Suplicy recusa ser o vice de Erundina Próximo Texto: Deputado petista diz ter apoio da bancada Índice |
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