São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996
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Bancários de SP fazem ato contra o governo

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, filiado à CUT, realizou ontem no centro de São Paulo protesto do "Dia da Mentira", 1º de abril.
"Há grandes mentiras que o governo vem querendo vender à população. Uma delas é que a CPI dos Bancos não é necessária, pois desestabiliza o sistema financeiro", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini.
Outra mentira, segundo ele, é que o Proer, programa de financiamento à fusão e incorporação de bancos, foi criado para garantir a poupança do pequeno investidor.
"Todos sabemos que o Proer foi feito de encomenda para resolver o problema dos grandes bancos, como o Nacional e o Econômico", disse Berzoini.
Participação
O protesto contou com a participação de 150 pessoas, de acordo com a CET, e de 300, segundo os organizadores.
O secretário-geral da CUT, João Vaccari, e o secretário de relações sindicais do PT, Delúbio Soares, estavam presentes.
O protesto começou por volta das 12h, na Praça Antônio Prado. De lá, os manifestantes percorreram as ruas São Bento, XV de Novembro, Álvares Penteado, rua do Comércio, Boa Vista e João Brícola.
Os manifestantes levavam cartazes com "mentiras" como "o salário mínimo é de R$ 500", "Plano Real gera empregos" e "encargos sociais no Brasil são muitos altos". Um boneco com nariz grande, o Pinóquio, também participou.
O diretor do Sindicato dos Bancários, Gilmar Carneiro, criticou o fato de o governo querer expurgar a inflação das aposentadorias.

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