São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996
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Hospital dá morto à família errada

Nomes iguais causaram confusão

LUIZ MALAVOLTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Quando a família do porteiro Aparecido Pereira, 50, de Bauru (345 km de SP), abriu a tampa de seu caixão, às 20h de domingo, no velório São Vicente, levou um susto -o corpo era de outra pessoa.
Por volta das 12h do domingo, os familiares haviam sido avisados da morte do porteiro pelo hospital Manoel de Abreu e começaram os preparativos para o enterro.
O comunicado foi um erro do hospital. O porteiro não havia morrido. Ele foi confundido com um homônimo, Aparecido Pereira, 47. Os dois Pereiras estavam hospitalizados havia uma semana, na mesma ala do hospital.
A família do porteiro, revoltada com o erro, registrou boletim de ocorrência. O comerciante Antônio Cordeiro, 43, cunhado do porteiro Pereira, responsabilizava o hospital pelo "transtorno".
"Foi um absurdo. O hospital não permitiu que entrássemos para ver o corpo. Isso só ocorreu na funerária, horas mais tarde."
"Não sabíamos o que estava acontecendo. O hospital foi avisado e aí se descobriu o erro." A família foi ao hospital e exigiu autorização para ver o parente.
Neusa Cordeiro, irmã do porteiro, disse que a família quer ser ressarcida dos prejuízos que teve com os serviços funerários.
O assessor de imprensa da Associação Hospitalar de Bauru, Zarcilo Barbosa, disse que a instituição encaminhou à família um pedido de desculpas. O hospital não informou se vai pagar indenização.

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