São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996
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Desemprego atinge recorde no Real

DA REPORTAGEM LOCAL

O desemprego em fevereiro atingiu 5,7%, o maior índice do Plano Real nas seis principais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE -São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
A taxa, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, supera a de janeiro (5,3%) e a de fevereiro de 95 (4,25%). A última taxa superior a essa foi registrada em março de 94, com 5,9%.
Segundo o IBGE, um balanço dos resultados dos últimos cinco meses da PME mostra a continuidade do crescimento da taxa média de desemprego, com destaque para a indústria de transformação e a construção civil.
O número de pessoas ocupadas apresenta tendência de queda na indústria de transformação e crescimento nas demais, à exceção da construção civil, cuja variação foi negativa em fevereiro.
O IBGE constatou também que o número de empregados com carteira assinada tende a cair, enquanto o de empregados sem carteira e de pessoas que trabalham por conta própria (autônomos) continua crescendo.
Quanto ao rendimento médio real, o IBGE diz que a tendência é de crescimento para todas as categorias de trabalho e para todos os setores de atividade.
Recife tem maior aumento
Entre janeiro e fevereiro deste ano o desemprego subiu 8,4% (de 5,3% para 5,7%). A região que teve o maior aumento foi Recife, com 30,1% (de 4,81% para 6,26%).
A seguir vêm São Paulo e Porto Alegre, com cerca de 12%. Em Belo Horizonte o aumento foi de 5%. No Rio de Janeiro e em Salvador o desemprego teve quedas de 4,9% e de 2,1%, respectivamente.
O desemprego cresceu 15% entre as mulheres e 3,9% entre os homens. Em fevereiro existiam 15,9 milhões de pessoas ocupadas e 966 mil desocupadas nas seis regiões (15,8 milhões e 703 mil, respectivamente, em fevereiro de 95).
O rendimento real médio das pessoas ocupadas caiu 5,4% de dezembro de 95 para janeiro de 96. A maior queda foi registrada em Belo Horizonte (10,2%).

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