São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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Fábrica de doces quer importar

DA FOLHA NORDESTE

Para as indústrias que fabricam doces de amendoim na região de Ribeirão Preto, o amendoim está com os dias contados. Algumas delas já estão pensando em alternativas para deixar de depender do produto regional.
A Santa Helena, de Ribeirão Preto, por exemplo, ameaça importar o produto da Argentina. "Já tivemos uma experiência desse tipo no ano passado. Importamos 2.500 toneladas", afirma Lincoln José Gabrielo, 33, gerente da empresa.
Segundo ele, com a falta de incentivos e o endividamento dos produtores, a tendência é o fim do produto na região. "Do jeito que está, o amendoim não dura mais três anos", afirma.
Além da Coplana (Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba), que ameaça os seus devedores, a Coopercitrus (Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo) também não vê outra solução.
"Primeiro negociamos de todas as formas. Quando já não é mais possível, acionamos", afirma Luiz Fernando Sílvio Falcosqui, gerente da Coopercitrus.
Para o delegado Sérgio Sanches, 38, da Delegacia Agrícola de Ribeirão Preto, é preciso investimento. "Enquanto temos vários tipos de soja e trigo, por exemplo, há apenas uma variedade comercial de amendoim", afirma.

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