São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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Suspeito nega se chamar Uê e diz ser só comerciante

DA SUCURSAL DO RIO

Considerado o maior traficante do Rio pela polícia, que o caçou por anos, Eraldo Pinto de Medeiros, o Uê, disse ontem ao juiz da 27ª Vara Criminal, Cláudio Braga Dell'Orto, que não é vendedor de drogas e que nem sequer é chamado de Uê.
Um forte esquema de segurança foi montado ontem à tarde no Fórum do Rio (centro) em função do depoimento.
Trinta e cinco policiais militares e agentes do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário), armados com metralhadoras, escopetas e fuzis AR-15, acompanharam o acusado do presídio Bangu 1 (zona oeste) até o fórum.
Medeiros prestou depoimento no processo criminal em que é acusado de tráfico de drogas e formação de quadrilha.
Em 23 de janeiro, em uma batida policial na favela Primavera, na zona norte, teriam sido apreendidas drogas, armas e dinheiro.
Segundo a polícia, foi também encontrado um caderno de notas, que conteria a contabilidade do tráfico no local, com a anotação de capa "Comando Vermelho, Bando do Uê".
Medeiros disse no depoimento que nem conhece a favela Primavera. Ele afirmou que é comerciante, explorando há oito anos "uma birosca" em Ramos (zona norte), e que já havia sido processado por vadiagem.

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