São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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NOVA LÍNGUA DO TRABALHO

1 - Emprego do futuro
Alguns são, na prática, velhos empregos que se pretende revalorizar. Exemplo: cuidar dos idosos, antes uma tarefa que a família cumpria, mas que, nos países ricos, se supõe que passará a profissionais especializados. Inclui também, como diz o comunicado final, "atividades ligadas à proteção do meio ambiente e serviços ligados à difusão da informação".

2 - PMEs
Sigla de pequenas e médias empresas, que se pretende valorizar, a partir do pressuposto de que são as grandes geradoras de emprego. A tese é a de lhes facilitar o acesso ao capital, à tecnologia e aos mercados. Ou criar "um mercado global para as PMEs", como diz o comunicado.

3 - Investir no homem
Criação de Robert Reich, secretário norte-americano do Trabalho. Significa investir pesadamente na formação do capital humano, a partir do pressuposto de que só terá trabalho, no futuro, quem tiver conhecimento.

4 - Estudar a vida toda
Complemento do anterior, parte da idéia de que a velocidade das transformações exige que o trabalhador esteja se atualizando sempre. Estudar deixou de ser característica de uma etapa da vida, a juventude, diz o presidente francês, Jacques Chirac.

5 - Empregabilidade
É também parente do anterior. Significa que o cidadão não tem que se preocupar mais com o emprego em que está, mas em estar tão bem preparado que pode "mudar sem perder renda" (Robert Reich).

6 - Menores jornadas
É uma reivindicação sindical ainda olhada com suspeita pelo patronato. A CSC defende que a redução da jornada de trabalho seja um dos caminhos para permitir que o trabalhador dedique tempo ao estudo ou à reciclagem.

7 - Teletrabalho
Designa o fato de que o empregado não mais precisa deslocar-se até a empresa. Pode ficar em casa, desde que tenha um computador conectado à companhia. A OIT diz que 7 milhões já o praticam total ou parcialmente nos EUA, 560 mil no Reino Unido, 215 mil na França e 200 mil na Alemanha.

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