São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Sinal vermelho; Última esperança; Xarope nele; Contra o tempo; Mulher com mulher; Seca eleitoral; Balão de ensaio; Sonho impossível; Dança de cadeiras; Férias quentes; Acredite se quiser; Coro oposicionista; Entrando na onda; Forte impressão; Biruta de aeroporto; Saindo do sufoco

DE ROBERTO CAMPOS (PPB-RJ), SOBRE A ESTABILIDADE ECONÔMICA:

Sinal vermelho
Há sinais de preocupação no Planalto com a inexistência de um nome governista de peso para disputar a prefeitura paulistana. A "solução caseira" -Feldmann, Kapaz ou Zulaiê- é vista como um desastre para o PSDB.

Última esperança
A última investida do Planalto para salvar o barco governista em São Paulo foi feita anteontem sobre Olavo Setúbal. Depois de muita conversa, FHC e Marco Maciel não convenceram o banqueiro a aceitar o desafio.

Xarope nele
Eduardo Suplicy diz que sempre tem um ataque de tosse quando precisa tomar uma decisão importante. O senador petista ainda está balançando entre aceitar ou não ser vice de Erundina na eleição paulistana.

Contra o tempo
Maluf espera definir seu candidato a prefeito de São Paulo até o dia 15. Acha que Erundina e Rossi estão se beneficiando com a indefinição dos adversários.

Mulher com mulher
Geraldo Walter, publicitário da campanha de FHC, não vê problema na dobradinha Erundina-Marta Suplicy. "Se fosse assim, homem com homem também não podia", diz.

Seca eleitoral
Era tão grande a escassez de nomes do PSDB para a prefeitura paulistana que até José Gregori, fiel amigo de FHC, está sendo lembrado. Tucanos davam telefonemas ontem testando a receptividade ao novo nome.

Balão de ensaio
Apesar do noticiário contrário, Serjão disse ontem ao presidente da Assembléia paulista, Ricardo Trípoli, que não descarta disputar a Prefeitura de São Paulo. Afirmou ter pedido um tempo a Covas para decidir.

Sonho impossível
Enquanto os tucanos e Maluf se desesperam por não encontrar um candidato que possa enfrentar Erundina e Rossi, aliados de Romeu Tuma (PSL) "plantam" que ele pode ser a solução.

Dança de cadeiras
FHC espera apenas a conclusão das reformas constitucionais para desencadear as mudanças no primeiro escalão do governo. Elas passam pelos ministérios, mas atingem, sobretudo, gabinetes do Palácio do Planalto.

Férias quentes
A data mais provável para mudar o ministério é julho. Quando já teriam sido votadas as reformas administrativa e fiscal, segundo expectativa muito otimista do governo. FHC resiste à idéia do coordenador político.

Acredite se quiser
O Banco Central encontrou interessados na parte podre do Banco Nacional. As negociações, sigilosas, envolvem bancos estrangeiros de olho na carta-patente, na seguradora e na distribuidora de valores.

Coro oposicionista
Em viagem aos EUA, o presidente do PT, Zé Dirceu, encontra amanhã em Boston o tucano Ciro Gomes e o pedetista Mangabeira Unger. Ciro tem um pé no PSDB e outro no PDT. E continua muito ligado a Itamar.

Entrando na onda
As rádios-piratas ganharam um reforço em Brasília. O ministro José Eduardo Andrade Vieira (Agricultura) decidiu entrar na briga para sua regulamentação. O ministro quer semear "agrorádios" por todo o país.

Forte impressão
O Ministério da Justiça está impressionado com a astúcia de Leonardo Pareja, líder da rebelião goiana. Acha que o deboche, sua marca principal, é para desmoralizar a polícia. A ordem é fazer da paciência uma arma.

Biruta de aeroporto
Genoino (PT-SP) diz não entender FHC: "No Nordeste, a pátria dos fisiológicos, ataca o fisiologismo. Veta a anistia aos petroleiros depois de namorar a CUT. E agora ataca uns tais de reacionários. Acho que está faltando um norte político".

Saindo do sufoco
O governador Divaldo Suruagy (PMDB-AL) voltou dos EUA com um empréstimo de US$ 160 mi para equilibrar as contas de Alagoas. De quebra, acertou com a família Barreto a filmagem de "Angústia", de Graciliano Ramos, em Maceió.

TIROTEIO
- O Plano Real é um avião de bom desenho que decolou com pouco combustível.

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