São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pactos internacionais devem orientar decisões, dizem juízes

Seminário critica formação de magistrados na AL

EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Na defesa dos direitos humanos, o juiz deve aplicar a Constituição e os pactos internacionais sobre o assunto, acima de qualquer outra norma de direito interno.
Esta foi a primeira das conclusões tiradas no 2º Seminário Internacional sobre a Independência Judicial na América Latina, que se encerrou ontem em São Paulo.
Promovido pela Associação Juízes para a Democracia, o evento contou com a presença de magistrados de toda a América Latina, exceto México, e Portugal, Espanha e Alemanha.
Os juízes concluíram pela necessidade de todos os países subscreverem os pactos internacionais sobre direitos humanos, aplicando-os em seus territórios.
Nesse contexto, defendem que o sistema jurisdicional se submeta à Corte Interamericana de Direitos Humanos, sediada em San José da Costa Rica, e à Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU).
Reconhecem a deficiência da formação acadêmica dos juízes latino-americanos, especialmente no que tange à aplicação das normas de proteção dos direitos humanos.
E propõem a realização de atividades de formação por intermédio de escolas de magistratura, associações democráticas de juízes, universidades e outras instituições públicas e privadas, nacionais ou internacionais.
"Para que o juiz possa satisfazer a necessidade de justiça da comunidade", diz o documento.
Os juízes reivindicam ampla liberdade de expressão e associação.

Texto Anterior: Collor faz visita de oito dias ao Brasil
Próximo Texto: Sarney quer punir 'ofensa' ao Congresso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.