São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Monólogo narra a última noite de Florbela
CRISTINA GRILLO
Os objetos pertenceram à poetisa e acabaram nas mãos de Miguel Falabella, diretor do espetáculo, e de Zezé Polessa, a atriz que interpreta Florbela no monólogo escrito por Maria da Luz. "Pela biografia de Florbela, soubemos que o colar havia sido herdado pela filha de uma amiga da poetisa, que morava no Brasil. Acabamos descobrindo onde ele estava", conta Falabella. O monólogo mostra a última noite da poetisa, antes do suicídio. Às vésperas de completar 36 anos, na noite de 7 para 8 de dezembro de 1930, Florbela Espanca revê sua vida, entre doses cada vez maiores de Veronal -remédio que tomava para dormir. A vida marcada por episódios dramáticos é relembrada: a mãe, engravidada aos 14 anos pelo pai, cuja mulher não podia ter filhos, os três casamentos, os dois abortos, a morte, num acidente de avião, do irmão Apeles, com quem mantinha uma relação quase incestuosa. O monólogo partiu de uma peça sobre a poetisa escrita pela produtora teatral e professora de literatura Maria da Luz, há vários anos estudiosa da vida de Florbela. A peça, que previa a encenação com dez atores, foi reduzida. Peça: Florbela Espanca - A Bela do Alentejo Direção: Miguel Falabella Com: Zezé Polessa Onde: Teatro Cândido Mendes (r. Joana Angélica, 63, telefone 021/267-7295) Quando: estréia hoje, dia 5 de abril. De quin à sáb, às 21h, dom, às 20h Quanto:R$ 18 (qui) e R$ 20 (sex a dom) Texto Anterior: Tornatore faz seu melhor filme Próximo Texto: 'Acid samba' de Fernanda Abreu chega ao Japão Índice |
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