São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996 |
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Castor imita Marcelinho
ESTANISLAU MARIA
* Agência Folha - Como aconteceu o gol contra? Castor - A bola veio espirrada do Bernardo e pegou efeito na grama. Vim com vontade, mas estava meio caído e acabei pegando de mau jeito. Tentei dar um chutão para fora e fiz aquilo. Fiz um gol de Marcelinho. Agência Folha - O que você pensou na hora? Castor - Caí de joelhos e pensei: "Como pode me acontecer uma coisa dessas? É o fim". Não queria nem me levantar. Agência Folha - Foi seu primeiro gol contra? Castor - Foi. Sempre fui atacante, mas voltei para ajudar a marcação no finalzinho. Agência Folha - Você temeu a reação da torcida? Castor - Temi pela minha família. Sou o mais novo de 15 irmãos e temi que descontassem neles. Fiquei preocupado com minha mãe e meu pai, que sofre do coração. Agência Folha - Qual a reação deles? Castor - Meus pais só ficaram sabendo hoje, mas me apoiaram. Os irmãos que não vieram me abraçar pessoalmente, me ligaram. Agência Folha - Você teve medo na saída do estádio? Castor - Não. Estava com Jesus no coração. Indo para o ônibus, fui surpreendido por uns dez torcedores que vieram me abraçar e disseram "bola pra frente". Agência Folha - Você conseguiu dormir? Castor - Sou um profissional. Fiquei triste, é claro. Mas não sinto culpa, foi uma fatalidade. Texto Anterior: Corinthians quer vitória 'econômica' Próximo Texto: Edmundo admite discussão no intervalo do jogo Índice |
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