São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996
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Nova geração de vampiros ressuscita o mito nas telas

PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

Os vampiros voltaram aos EUA. Cinco filmes e uma série de televisão lançados nos últimos meses trazem os personagens em novas aventuras. Os vilões encarnaram as minorias e são negros, hispânicos e até mafiosos.
"Vampiro no Brooklyn", que estréia amanhã no Brasil, tem Eddie Murphy como o vampiro que vai para Nova York atrás do verdadeiro amor, leia-se Angela Basset.
Classificado como uma tentativa sem sucesso de recuperar Murphy, "Vampiro" não recebeu boas críticas da imprensa norte-americana. O ator foi chamado de "Barry White das Trevas" por exagerar na voz macia e no ar sedutor.
Uma morte durante as filmagens transformou o filme em candidato a "cult". Sonja Davis, dublê de Basset, morreu após pular de um prédio de três andares. A cena da queda foi incluída no filme.
"Um Drinque no Inferno" ("From Dusk Till Dawn"), que ainda não entrou em cartaz no Brasil, é o primeiro roteiro de Quentin Tarantino.
O filme, dirigido por Robert Rodriguez, conta a história de uma dupla de sequestradores -George Clooney e Tarantino- que usam como cativeiro um bar mexicano comandado por vampiros e mistura horror trash e humor.
Na linha comédia, a história clássica do Conde Drácula ganhou uma sátira em "Dracula: Dead and Loving It", estrelado por Leslie Nielson e marcando a volta de Mel Brooks à direção e às telas, com uma interpretação do Professor Van Hensing (o caçador de vampiros) com a língua presa.
A mais nova promessa envolvendo o tema é a a versão mafiosa dos vampiros na série "Kindred: The Embraced", que a rede de TV Fox exibe há uma semana.
O seriado é baseado nos conflitos de cinco "clãs" de vampiros que atuam em São Francisco: os aristocráticos, os punks, os "nosferatus", os gângsters e os modernos.
Ainda no cinema, duas produções têm mulheres no papel principal. Em "The Addiction", dirigido por Abel Ferrara, o vampirismo vai parar na New York University e nas ruas do Village. Uma aspirante a PhD em filosofia, interpretada por Lili Taylor, acaba mordida numa esquina do bairro e fica dividida entre o bem e o mal.

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