São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996
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França comemora bicentenário de Corot

Precursor do impressionismo ganha homenagem

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DE PARIS

Duas exposições comemoram o bicentenário de nascimento de Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875), pintor francês precursor do impressionismo e considerado um dos maiores paisagistas do século 19.
É a maior retrospectiva dedicada a Corot desde 1936 na França. O Grand Palais abriga a principal exposição, "Corot", que vai até 27 de maio, com 163 quadros vindos de 12 países diferentes.
Se tivesse seguido o exemplo familiar Corot teria sido comerciante. Seu gosto pela natureza e pelo desenho o transformou em pintor.
Ficou conhecido por suas paisagens, que ele observava em várias viagens pela França e outros países, como a Itália. Ele compunha seus quadros em seu ateliê. E preferia pintar vastas paisagens animadas por figuras bíblicas ou históricas, como seu célebre "Baptême du Christ".
Retratos
Já com certo renome ele passou a fazer retratos. Começou pintando os amigos. Sua obra foi elogiada por escritores e críticos literários, como Théophile Gautier e Charles Baudelaire, e por seus colegas de pincel, como Eugne Delacroix.
"É a ingenuidade e a originalidade que constituem o mérito de Corot. Esse artista sabe contemplar a natureza com tanta inteligência quanto amor", escreveu Baudelaire, para quem "a influência de Corot é atualmente visível em quase todas as obras de jovens paisagistas". Corot morreu em 1875, menos de um ano depois da primeira exposição do grupo impressionista.

Livros e CD-ROM
A exposição no Grand Palais é organizada em conjunto com o Museu de Belas Artes do Canadá (Ottawa), onde será apresentada de 20 de junho a 22 de setembro, e com o Museu Metropolitan de Nova York, onde ela estará entre 21 de outubro e 19 de janeiro de 1997).
Outra exposição consagrada a Corot é realizada na Bibliothque Nationale de France, que expõe "O Gênio do Traço", reunindo desenhos e estampas do pintor.
Além das exposições, uma peça teatral e um CD-ROM marcam o bicentenário. O CD-ROM traz análises de 90 de suas obras.

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