São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996 |
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Último censo registra 4.250 menores
LALO DE ALMEIDA; ROGERIO WASSERMANN
Uma única contagem foi realizada em outubro de 1993 pela Secretaria Estadual da Criança, Família e Bem-Estar Social. Segundo os dados dessa contagem, 4.520 meninos e meninas ocupavam as ruas da cidade de São Paulo durante o dia. Durante a noite, o número de garotos de rua caía para 895. Os resultados e a metodologia dessa pesquisa são contestados pela maioria das entidades que trabalham com a recuperação de menores de rua. Para o coordenador estadual do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Marco Antônio da Silva, 27, os menores estão cada vez mais pulverizados pela cidade, dividindo o espaço com os adultos de rua. Silva, ou "Marquinho", como é conhecido, foi menino de rua durante nove anos, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Aborto Uma das dificuldades de se fazer um censo, segundo representantes de entidades, é que os menores mudam de localização com frequência. No final do mês passado, a reportagem encontrou uma menina que acabara de sofrer um aborto em um vão embaixo de um viaduto na 23 de Maio. Uma semana depois, ela foi reencontrada na Sé, com o mesmo vestido manchado de sangue. (LALO DE ALMEIDA E ROGERIO WASSERMANN) Texto Anterior: 'Rua é prejuízo; é só desacerto' Próximo Texto: Busca demorou três semanas Índice |
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