São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Bicos garantem uma boa renda extra

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

O sonho de engordar o orçamento pode estar mais próximo do que se imagina. Para quem se dispõe a suar a camisa depois do expediente, há bicos em várias áreas.
O mercado de trabalho informal, que movimenta atividades sem vínculo empregatício, é amplo: há vagas de pesquisador a figurante de TV (veja no quadro à esquerda).
Em 96, o bico com mais oportunidades é o de pesquisador do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
São 109 mil vagas temporárias em todo o país para a função de recenseador -é necessário ter apenas primeiro grau completo.
A remuneração é por questionário respondido -cerca de R$ 360/mês. As inscrições começam amanhã e vão até sexta-feira.
O instituto de pesquisa Research também tem oportunidades. Segundo Nelson Marangoni, 51, diretor-presidente, dá para ganhar R$ 30/dia (cinco horas de trabalho). É preciso ter segundo grau.
Nas agências de trabalho temporário, também é possível encontrar bicos para distribuir panfletos e amostras grátis, além de recepcionista de feiras e eventos. A remuneração média é de R$ 30/dia.
"O mercado está se diversificando em todo o Brasil e sempre pegamos gente nova, em várias cidades", afirma Marco Nogueira, 38, diretor de marketing da Overplan.
A TV e o cinema também podem ser aliadas na complementação da renda mensal. Comerciais, novelas e filmes requisitam figurantes.
O pagamento, para quem faz propaganda, é de R$ 150 por trabalho. Já para novelas e programas de auditório, a remuneração é bem menor: em torno de R$ 30/dia.
Não é preciso ter boa aparência ou escolaridade. "Até gente muito feia tem chance, dependendo do tipo de produção", diz Joaquim Ribeiro, 46, diretor da Próart.
Se vender não é um problema, há ainda o segmento porta a porta. "Muitos têm emprego e conseguem R$ 500 mensais vendendo nas horas vagas", afirma Marcelo Araújo, 34, diretor da Natura.

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