São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
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Ray-Ban é vendido em shopping
FERNANDO PAULINO NETO
Os modelos são vendidos pelo mesmo preço dos óculos originais, isto é, cerca de R$ 90. A empresa começou a detectar há pouco uma melhora na qualidade destes óculos, segundo o diretor de vendas e marketing, João Pedro Sena. Ele diz que os óculos, no todo, não são bons, mas "têm partes muito boas". Em alguns, as hastes são quase perfeitas, em outros o corpo dos óculos. Ele diz que há lojistas comprando estes óculos falsificados e os vendendo nas lojas como verdadeiros, o que compromete a imagem da empresa. No final do ano passado, a Bausch & Lomb conseguiu pegar 4.000 destes óculos. Mas para isso, contou com a "promoção" de uma rede de lojas no Rio, que anunciava óculos Ray-Ban a cerca de R$ 30. Mas, quando os óculos são vendidos por cerca de R$ 70, é mais difícil de se pegar. Segundo Sena, os óculos falsificados são vendidos no atacado por um preço que vai de R$ 3 a R$ 10, dependendo da qualidade. Ele diz que, até agora, a Bausch & Lomb nunca conseguiu pegar um intermediário. O lojista dá como endereço, em geral, um escritório em Manaus. Quando a empresa vai checar, o endereço é inexistente. Além das falsificações, a Bausch & Lomb também enfrenta o problema do contrabando de Ray-Bans originais do Paraguai. "Nesse caso, só quem perde é o governo, que não recebe os impostos, já que os óculos são comprados de alguma fábrica da Bausch & Lomb no mundo e a qualidade está garantida." No Chile, a Bausch & Lomb já conseguiu chegar a um intermediário, "estourando" um depósito onde havia 400 mil modelos falsificados. Para comprovar que os óculos são falsos, funcionários da Bausch & Lomb compram o produto com nota fiscal e fazem uma série de testes em seus laboratórios. (FPN) Texto Anterior: Cigarro falso tem 5% da venda Próximo Texto: Interior compra Bic chinesa Índice |
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