São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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Filósofo defende a legislação globalizada

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

Críticos sociais norte-americanos têm lançado advertências de que os EUA correm o risco de uma "brasilianização" -ou seja, o surgimento de uma "superclasse" composta pelos 20% da população com maior renda e um crescente empobrecimento do restante da população.
A afirmação foi feita na sexta-feira pelo filósofo norte-americano Richard Rorty, professor da Universidade de Virgínia, que participou do seminário internacional Pluralismo Cultural, Identidade e Globalização.
Para Rorty, hoje há pouca diferença entre as favelas cariocas e os guetos de Chicago, assim como entre a classe média das duas cidades. "As classes médias brasileira e americana têm mais em comum entre si do que têm com as camadas pobres de seus países", disse.
Para o filósofo, o papel dos intelectuais neste momento deve ser o de chamar a atenção dos governos e dos cidadãos para a necessidade de criação de uma legislação globalizada que se contraponha ao poder dos super-ricos.
Participaram do encontro 21 cientistas sociais, entre eles os sociólogos Roland Robertson, Ulf Hannerz e Craig Calhoun, o membro da Academia Brasileira de Letras Candido Mendes e os antropólogos George Marcus, Roberto da Matta e Otávio Velho.

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