São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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Capital senegalesa une África e Europa

HOWARD W. FRENCH
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Para qualquer pessoa que já viajou pela África Ocidental, a impressão mais forte que fica ao retornar a Dacar é que em nenhum lugar o casamento entre África e Europa se consumou tão integralmente quanto aqui.
Os cardápios dos muitos restaurantes da cidade apresentam cozinha européia ao lado de suntuosos pratos senegaleses.
No centro, a arquitetura européia, boa parte dela da graciosa variedade colonial, se mistura com construções de caráter africano.
O agitado mercado de Sandaga é uma estrutura cor-de-rosa que lembra o estilo das torres "terre battue" (chão de terra) dos mercados e das mesquitas no Sahel, uma região árida situada entre o deserto do Saara e a savana verde do litoral sul da África Ocidental.
Dacar era a capital da África Ocidental Francesa, apreciada pelos colonizadores por seu baixo índice de umidade atmosférica e as brisas marítimas que a refrescam.
Um passeio por qualquer um dos largos bulevares do Plateau, como é conhecida a área central da cidade, sob a sombra de suas árvores frondosas, deixa a impressão de que os parisienses que vieram para administrar o império tropical nem sequer imaginavam que algum dia teriam de deixá-lo.
Mas os franceses deixaram o país, sim, depois da independência -só que sua partida provou ser mais teórica do que real.
Embora outras cidades da região, como Abidjã, já tenham passado à frente de Dacar em termos de modernidade, a capital senegalesa continua sendo um destino favorecido pelos franceses e outros estrangeiros, tanto como base para viagens pela região quanto como destino em si.
O turismo mais intenso se dá entre novembro e abril, quando a temperatura chega a 27°C.

Tradução de Clara Allain

LEIA MAIS sobre a capital do Senegal nas págs. 6-14 e 6-15

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