São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996 |
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Mãos à obra; Caiu a ficha; Agora vai; Tempo escasso; Remédio caseiro; Carta na manga; Bolso vazio; Sufoco gaúcho; Tiro ao alvo; Opção moderada; Dívida eleitoral; Pegando leve; Jogo duplo; Direito de espernear; Mistério português Mãos à obra FHC planeja fazer um "arrastão" pelas reformas nos próximos três meses. Além do ministério, acertará uma agenda de votações possíveis com o PPB. E pedirá a convocação extraordinária do Congresso em julho. Caiu a ficha É consenso no governo que chegar em 1997 com a pauta legislativa entupida de reformas prejudica a discussão da reeleição. De tão simples conclusão vem a idéia do "arrastão" e da operação "PPB urgente". Agora vai O Planalto cogita criar um ministério extraordinário na área de habitação para abrigar o PPB no governo. PFL e PMDB vêem com bons olhos a proposta. Assim, ningúem perde a cadeira. As partes envolvidas já foram ouvidas. A bola está com FHC. Tempo escasso Segundo Esperidião Amin, o PPB já fechou questão sobre a necessidade de votar a legislação infraconstitucional das reformas já aprovadas -em especial, a de telecomunicações. "O semestre é o ano", lembra Amin. Remédio caseiro No curtíssimo prazo, o Planalto trabalha com uma única saída do ministério. A de Serjão (Comunicações). Nesse caso, a sucessão imaginada aponta para o secretário-executivo Fernando Xavier. FHC quer evitar uma corrida entre partidos. Carta na manga Até agora não saiu a federalização da dívida da prefeitura de São Paulo, prometida por FHC. Maluf está quieto. O governo ainda vai precisar dele nas próximas votações do Congresso. Bolso vazio Em almoço com o líder Michel Temer (PMDB-SP), seis governadores do partido manifestaram intenção de fazer uma campanha pelas reformas administrativa e da Previdência. Dizem que o caixa está estourado. Sufoco gaúcho Em encontro com Moreira Franco (PMDB-RJ), relator da reforma administrativa, Antônio Britto disse que o teto de R$ 10.800 no funcionalismo traria uma economia de R$ 350 mi por ano ao governo gaúcho. Tiro ao alvo Após ter seu nome lançado como candidato a presidente, Itamar entra na campanha anti-reeleição de FHC. Reúne-se hoje pela manha em Brasília com José Dirceu, presidente do PT. Depois, almoça com Sarney. Opção moderada Apadrinhado por Lula, o deputado Luiz Guskiken (PT-SP) é forte candidato a vice de Luiza Erundina. De linha moderada no PT, Gushiken apoiou Mercadante e é conhecido como o "deputado zen" da bancada petista. Dívida eleitoral Barros Munhoz vai coordenar a campanha de Francisco Rossi (PDT) a prefeito paulistano. Rossi tem que ficar atento para que não se repita o fenomenal calote da campanha de Munhoz ao governo paulista em 94. Pegando leve Luiza Erundina indicou o deputado estadual Pedro Dallari para comandar a área de comunicação de sua campanha à Prefeitura de São Paulo. É um sinal de que o programa de TV petista deverá ser light e anti-xiita. Jogo duplo A cúpula do PC do B paulista esteve reunida ontem com João Leiva. O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo propôs uma coligação. Os comunistas, que estão em atrito com o PT, ficaram de dar uma resposta. Direito de espernear Os quatro fracassados pré-candidatos tucanos à prefeitura paulistana (Feldman, Kapaz, Russomano e Zulaiê) vão propor a criação de um conselho político. Para debater programa de governo e chapa de vereador. Mistério português José Aparecido nega irregularidades apontadas pelo TCU quando ele ocupava a Embaixada do Brasil em Portugal. Junto com Itamar, também apontado no relatório do tribunal, vai pedir explicações ao Itamaraty. TIROTEIO Do deputado federal José Genoino (PT-SP), sobre o fato de FHC ter escolhido a Argentina para lançar a proposta de sua reeleição: - O problema do presidente é que ele se empolgou com o tango argentino. Esqueceu que aqui é samba, que tem ginga e mais gente na roda. Próximo Texto: Propaganda negativa Índice |
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