São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996 |
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PSDB não obtém consenso para formar comando do partido LUCIO VAZ LUCIO VAZ; FERNANDO RODRIGUES
As principais lideranças do PSDB não se entendem na busca de um nome de consenso para a presidência da legenda. A quatro dias da Convenção Nacional do partido, os tucanos ainda não encontraram um nome de expressão nacional para o cargo. Os desencontros são flagrantes. O governador Tasso Jereissati (CE) afirmou, às 18h de ontem, que o atual presidente nacional, senador Artur da Távola (RJ), havia retirado a sua candidatura. O nome de consenso seria o do senador Teotônio Vilela (AL). Chapa ideal No mesmo horário, no plenário da Câmara, Távola afirmava que seu nome era defendido por um grupo de senadores e governadores. Entre eles estaria Jereissati. O governador cearense disse que a chapa ideal teria Vilela na presidência e Artur Virgílio Neto (AM) na secretaria-geral. "Os dois se completam", afirmou. Ambos fechariam a chapa em reunião a ser realizada hoje. Virgílio Neto confirmou que toma café da manhã com Vilela, hoje. Mas disse que Vilela não quer o cargo de presidente. "O desejo dele é compor a chapa. Tudo caminha para um consenso em torno do meu nome", afirmou Virgílio Neto. Em busca desse consenso, o deputado foi ao encontro do ministro José Serra (Planejamento), no início da noite de ontem. Serra foi objetivo: disse que deseja a permanência de Távola na presidência do partido. Executiva de peso O ministro do Planejamento afirmou que o partido precisa formar "uma Executiva de peso", integrada por ministros e governadores. Assim, as reuniões do órgão dirigente seriam sempre um fato político. Virgílio Neto afirma que tem o apoio do ministro Sérgio Motta (Comunicações) e dos governadores Eduardo Azeredo (MG) e Almir Gabriel (PA), além do líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP). Távola disse ontem que não gostou das declarações de Aníbal em favor de Virgílio. O líder tucano na Câmara afirmou que a bancada que está sob seu comando quer um deputado na presidência do partido. Sem apostar "Foi um exagero. Não se constrói uma chapa com vetos", protestou Távola. O senador disse que não está articulando o seu nome, mas que setores do partido estariam defendendo a continuidade do trabalho da atual direção. O líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE), lavou as mãos ontem. "Hoje, eu não arriscaria apostar em nenhum dos três nomes", disse. O presidente Fernando Henrique Cardoso disse anteontem, por meio de seu porta-voz, Sergio Amaral, que não pretende interferir na escolha do comando de seu partido, o PSDB. Texto Anterior: Relator propõe que empresa pague CPMF; OAB defende criação de corte constitucional; Deputado vence prévia do PT em Ipatinga Próximo Texto: Câmara aprova texto final da Lei de Patentes; Senador quer ampliar punições a jornalistas; Contestações atingem 56 reservas indígenas Índice |
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