São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996 |
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Recessão mexicana faz a MasterCard eleger o Brasil
MILTON GAMEZ
O país também está entre as 15 prioridades de investimento da empresa nos 220 países dos cinco continentes em que atua. A preferência pelo mercado brasileiro foi anunciada pelo presidente da MasterCard, Henry Eugene Lockhart, em sua primeira visita ao país, na semana passada. "O momento do mercado no Brasil é maravilhoso, é a época mais fascinante dos últimos anos", disse Lockhart. Os números da MasterCard, que, por enquanto, opera no Brasil em parceria exclusiva com a Credicard, explicam o entusiasmo do executivo. O país tem 6,2 milhões de plásticos com sua bandeira, dos 16 milhões de cartões MasterCard na América Latina. Liderança Tal desempenho tirou do México, no ano passado, a histórica liderança do mercado latino-americano de cartões de crédito. A crise da economia mexicana derrubou o número de portadores da Mastercard, em um ano, de 4,5 milhões para 3 milhões. "O México, infelizmente afundou. Ao mesmo tempo, o Brasil estabilizou sua economia e o mercado de cartões cresceu muito", disse o presidente regional da franquia, Richard Child. No ano passado, o mercado brasileiro de cartões faturou R$ 22 bilhões, R$ 8,5 bilhões dos quais foram abocanhados pela Credicard. Por conta disso, a empresa decidiu investir fortemente no crescimento das marcas MasterCard (cartão de crédito) e Maestro (cartão de débito). Na semana passada, anunciou, de uma só vez, o fim da exclusividade com a Credicard, abrindo a possibilidade de outras instituições emitirem seus cartões; a abertura de seu escritório em São Paulo; e a criação de uma empresa exclusiva para atuar junto aos estabelecimentos. Participarão dessa empresa a MasterCard, a Credicard e bancos que se candidatarem ao negócio. Uma companhia similar também foi aberta na Argentina. "Acreditamos na região e na força do Mercosul", disse Lockhart. Ele revelou os primeiros bancos que irão oferecer o Maestro aos seus clientes: Citibank e Besc (Banco do Estado da Santa Catarina). Os correntistas desses bancos poderão sacar, com seus cartões magnéticos, dinheiro no país e no exterior. Texto Anterior: CVM registra mais debêntures e ações Próximo Texto: FMI e Dornbusch Índice |
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