São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Palio tem conforto surpreendente

GRACILIANO TONI
ENVIADO ESPECIAL A BETIM (MG)

O que é, o que é, que tem câmbio suave e preciso, bom acabamento, ótimo desempenho e muito conforto? Acertou quem disse Fiat Palio.
O novo modelo é quase um paradoxo sobre rodas. Tem todas as características normalmente consideradas ausentes dos carros pequenos da Fiat no Brasil.
Suspensões que não transmitem trancos aos ocupantes da cabine? O Palio tem. Motor silencioso e de baixa vibração? Também. Linhas suaves, arredondadas, e mesmo assim, robustas? Estão lá.
É quase inacreditável a facilidade para fechar as portas do Palio. Não é preciso bater. O barulho também mudou -ficou mais abafado, típico de carros grandes e bem-feitos.
Apesar de descender diretamente do Uno, o Palio tem aparência e comportamento muito diferentes. A herança boa do Uno está na praticidade e no ótimo espaço.
Houve perdas também. O estepe, colocado no compartimento do motor no Uno, passa ao porta-malas no Palio, em local bem menos prático. A visibilidade diminuiu.
O acesso ao banco de trás piorou -culpa da estrutura mais alta. Em compensação, o Palio ficou mais rígido, o que, segundo a Fiat, reduz ruídos de forrações e melhora o trabalho das suspensões.
Na pista
Menos sujeito a torções em curvas, o Palio tem estabilidade impressionante. A Folha avaliou a versão 16V -a mais brava- na pista da Fiat, em Betim (MG).
O carro é muito fácil de controlar em curvas abertas ou fechadas, a qualquer velocidade.
Se o motorista entra um pouco rápido demais -a velocidade bem acima da permitida por seus rivais-, o Palio tende a alargar a trajetória, o que é facilmente corrigido aliviando o acelerador.
Suas acelerações são muito boas, e os engates justos do câmbio evitam perda de tempo nas trocas de marcha -nas mudanças muito rápidas, o mecanismo de engate faz barulho.
O motor tem força em qualquer rotação. Mesmo na pista de testes da Fiat, dirigir o Palio deixa o motorista sempre descansado.
O carro tem todos os comandos à mão, ótimo sistema de ar-condicionado -que quase não prejudica o desempenho- e bancos confortáveis.
Os maiores problemas do Palio surgem com o carro parado. O primeiro é a posição da fechadura. Muito baixa, dificulta a colocação da chave para abrir a porta.
Outro defeito é a péssima localização do comando para ajuste dos espelhos, escondido na base do console. Para alcançá-lo, é preciso deslocar o corpo -e aí, fica difícil ajustar o ângulo.

O jornalista Graciliano Toni, editor de Veículos, viajou a convite da Fiat Automóveis
LEIA MAIS sobre o Palio nas págs. 6-2 e 6-20

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