São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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CARTAS

* "Em novembro passado, comprei um Fusca na revenda Tiana. Ao recebê-lo, fui notificado de que havia um risco no pára-brisa e que a troca seria feita assim que a peça chegasse ao estoque.
Mas o vendedor afirmou que a peça a ser trocada não viria com o número do chassi gravado, como a original.
Outro aspecto que está me causando dúvidas diz respeito à configuração do veículo.
Paguei R$ 975 a mais ao optar por um modelo mais completo e julgava que o carro viria equipado com rádio.
Após o recebimento do veículo, o vendedor afirmou que o item seria a preparação para receber o som -o que, inclusive, contraria o manual do carro."
Sonilon Vieira Leite (Rio de Janeiro, RJ)
Resposta
A Volkswagen informou que quando houver necessidade da substituição de um dos vidros do veículo, seja ela decorrente de falhas de fabricação, montagem ou mesmo quebra ou trinca, o vidro de reposição será fornecido sem marcação do número do chassi.
A montadora explicou que o revendedor solicitará, junto à fábrica, o decalque para o vidro e procederá marcação idêntica à da linha de produção.
Quanto ao manual estar em desacordo com o veículo, a montadora informa que todo material promocional, técnico ou informativo do produto está baseado no veículo mais completo.

A Folha contatou o leitor e foi informada de que ele havia recebido uma carta da montadora solicitando sua presença na revenda, para a solução dos inconvenientes. O leitor mostrou-se satisfeito com a fábrica e está agendando o conserto.

* "Tenho uma Variant II turbo com biela de aço, pistão forjado, comando e engrenagem reta. Meu mecânico sugeriu balancear o motor e trocar o cabeçote. Isso é necessário?."
Frederico Vidotti Favaron (São José do Rio Preto, SP)
Resposta
Segundo o preparador de motores Gilberto Perrella, é necessário fazer a troca do cabeçote, além de uma retífica no motor.
Perrella aconselha, ainda, a instalação de um radiador de óleo externo.

* "Assinei, na Guaporé (GM), pedido de compra de um veículo, no dia 28 de fevereiro. No dia seguinte, dei um cheque de entrada, que foi descontado no mesmo dia. Aí começou o meu calvário.
Primeiro foi a aprovação do crédito. Depois de seis dias do pagamento do sinal, não havia resposta do Banco GM sobre o processo.
Cheguei a ameaçar a revenda com o cancelamento do negócio.
No dia 7 de março, consegui assinar as promissórias, que foram enviadas novamente para a GM. Até hoje, não obtive resposta."
Maurício Magalhães Costa (São Paulo, SP)
Resposta
A General Motors informou que, conforme resposta da Guaporé, a demora ocorreu porque o carro era alienado. Segundo a revenda, o carro foi entregue ao cliente no dia 13 de março.

A Folha contatou o leitor, que informou que o veículo foi entregue no dia 14 de março, com defeitos no motor e no ar-condicionado.
Segundo o leitor, no dia seguinte o carro voltou à revenda. Foi reparado, mas voltou a apresentar os mesmos defeitos.
No dia 18, o carro foi deixado novamente na revenda. No dia 21, ele foi liberado com os problemas solucionados.

* "Tenho um Fusca 86 e estou com problemas de desgaste nos bancos dianteiros. Pretendo substituí-los por novos. Gostaria de obter o endereço de fábricas ou lojas especializadas."
Antonio E. Caetano (Piui, MG)
Resposta
Os bancos para o Fusca são fornecidos pela empresa Probel, que informou não vender o acessório para o mercado de reposição.
Em Piui (MG), a Tapeçaria Santa Luzia trabalha com estofamentos -rua João Leite, 464, Jardim Santo Antonio, tel. (037) 371-1674.

* "Tenho um Uno CS 93, gasolina, com injeção eletrônica. Eventualmente, a luz no painel, que indica problemas na injeção, acende e segundos depois apaga.
Gostaria de saber se isso é normal e também qual o procedimento que o motorista deve adotar nesse caso."
Cássio Mamede Pereira (São Paulo, SP)
Resposta
Segundo o engenheiro Breno Breinis, da Planet Motors, oficina especializada, a situação descrita não é normal.
Ele esclarece que um dos sensores do sistema de injeção deve estar apresentando falhas.
Breinis explica que o normal é a luz do painel acender por cerca de cinco segundos quando o motorista aciona a partida no carro. O engenheiro recomenda a procura por uma oficina especializada.

* "Comprei há pouco tempo um Gol 1.6, ano 84, com dupla carburação. Gostei muito do seu desempenho, mas gostaria de saber sua velocidade máxima e como tirar o barulho do modelo, que dá a impressão de que o motor é fraco."
Geraldo Soares Pereira (Coromandel, MG)
Resposta
Segundo o mecânico Lauer Lopes uma regulagem geral do motor, principalmente, na posição de entrada de ar e ajustes de válvulas tende a diminuir o barulho.
O mecânico recomenda ainda vistoria na situação da lataria do veículo. A Volkswagen informou que a velocidade máxima desse modelo é de 142 km/h, a gasolina e 139 km/h para motor a álcool.

* "Comprei um Ford Verona 94 2.0i, a gasolina. Não consigo localizar o filtro de combustível do veículo.
O manual do proprietário cita apenas o filtro do Escort e do Versailles. Gostaria de saber também se é normal a ventoinha funcionar por 10 ou 12 minutos toda vez que se desliga o motor."
Romeu Chimenti Júnior (São Paulo, SP)
Resposta
A Ford esclarece que a disposição dos filtros de combustível do Verona 94 2.0i é semelhante à do Escort.
Ela explica que dentro do tanque de combustível existe um elemento filtrante. Para os carros com injeção eletrônica Bosch, há um outro adicional, que se encontra próximo à saída do tanque de combustível (sob o assoalho).
Quanto ao tempo de funcionamento da ventoinha, informa que o período está diretamente condicionado à forma de utilização do veículo, temperatura do motor e ambiente, podendo permanecer ligado até aproximadamente 25 minutos, sem prejudicar as condições de funcionamento.

Cartas devem ser enviadas para Folha (Redação - Veículos), al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01202-900, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Não esqueça de colocar nome completo, endereço e telefone, para verificarmos se seu problema foi resolvido. As cartas só serão respondidas nesta seção.

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