São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Motta desiste de candidatura em SP

SÔNIA MOSSRI; RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DO PAINEL, EM BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, desistiu de sua candidatura pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo.
A decisão de Motta foi tomada durante reunião com com o presidente Fernando Henrique Cardoso, na terça-feira, no Palácio do Planalto.
Até a noite de ontem, o governador de São Paulo, Mário Covas, ainda não havia sido informado da decisão do ministro.
Covas vinha, até então, se colocando como o maior entusiasta da candidatura do ministro das Comunicações.
Durante reunião no Planalto, FHC disse que precisava de "Serjão", como o ministro é conhecido entre o tucanato, para concluir a reestruturação do sistema de telecomunicações e como linha auxiliar para as articulações políticas com o Congresso.
Motta, por intermédio do Coordenador de Comunicação Social das Comunicações, Francisco Mendonça, informou, no início da tarde de ontem, "que não seria candidato em 96".
O ministro do Planejamento, José Serra, é a alternativa preferida de Covas e FHC para substituir Motta com candidato tucano à Prefeitura de São Paulo.
Serra é o nome que a direção do PSDB avalia que conseguiria uma aliança com o PFL e PTB.
O ministro do Planejamento, no entanto, continua a rejeitar qualquer tipo de articulação que envolva seu nome.
"Não sou nem serei candidato a prefeito", disse Serra à Folha.
Com a saída de Motta da concorrência, seis tucanos disputam a indicação do PSDB para a Prefeitura de São Paulo.
A escolha do partido será feita neste fim-de-semana, em reunião com Covas, Serra, Motta e o líder tucano na Câmara, José Aníbal.
Os deputados federais Arnaldo Madeira, Zulaiê Cobra e Celso Russomano estão em campanha.
Além deles, também disputam o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Ricardo Tripoli, o secretário de Indústria de Covas, Emerson Kapaz, e o líder do governo paulista na Assembléia, Walter Feldman.
(SÔNIA MOSSRI e RAYMUNDO COSTA)

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