São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Ladrões furam bloqueio da PM, trocam tiros e ferem 2

FAUSTO CARNEIRO

FAUSTO CARNEIRO; ENIO MACHADO; FAUSTO CARNEIRO; ISNAR TELES
DA FOLHA VALE

Saveiro foi achada 2 km depois, com apenas um ocupante

A perseguição aos assaltantes que roubaram os malotes do avião da TAM começou cerca de 15 minutos depois do assalto.
Informada pela torre do aeroporto, a PM montou barricadas nos principais acessos às estradas da região, minutos após o roubo, para tentar capturar a quadrilha.
No km 147 da via Dutra, um caminhão foi usado para fechar a pista. A Saveiro, ocupada pelos quatro assaltantes que haviam deixado o aeroporto na F-1000, furou o bloqueio.
Segundo a PM, dois homens que estavam na caçamba dispararam rajadas de metralhadora.
Cerca de 2 km após o bloqueio, a Saveiro foi cercada. Seu único ocupante, o motorista Jasson de Santa Lima, 19, foi preso.
Lima, que disse ser de Coaraci (BA), negou, segundo a PM, ter participado do roubo. Segundo os policias, ele era uma das pessoas que participaram do tiroteio.
A polícia não sabe dizer como os outros três ladrões que estavam no carro conseguiram fugir.
Também não se sabe qual foi o carro usado pelos outros dois assaltantes na fuga.
Rotas de fuga
As possíveis rotas de fuga dos assaltantes são a via Dutra e a rodovia dos Tamoios.
O comando da Polícia Militar avalia que, se os assaltantes não conseguiram chegar às rodovias logo depois do roubo, eles ainda podem ser capturados.
A Dutra liga São Paulo ao Rio e dá acesso a mais de 20 cidades da região. A rodovia dos Tamoios liga São José ao litoral norte.
A PM intensificou a fiscalização, mas não informou se vai fazer bloqueios nas estradas.
Estradas rurais
Segundo o tenente Flávio Pires, 23, da Polícia Militar, os assaltantes poderiam ainda usar estradas secundárias ou rurais para se manter escondidos.
Nesse caso, a possibilidade de encontrá-los fica ainda mais remota. O vale do Paraíba é cortado por várias estradas que dão acesso a cidades como Jambeiro e Mogi das Cruzes.
A Polícia Civil disse que o grupo era muito organizado e provavelmente era de outro Estado. O comando da Polícia Civil não informou quando devem ser feitos os retratos falados dos assaltantes.
A elaboração dos retratos falados depende dos depoimentos de todas as pessoas que viram os assaltantes.
(ENIO MACHADO, FAUSTO CARNEIRO E ISNAR TELES)

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