São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Aeromoças vivem momentos de terror

Elas foram levadas como reféns dos ladrões

ISNAR TELES
DA FOLHA VALE

Os assaltantes saíram do Fokker da TAM com as aeromoças Flávia Fusetti Fernandes e Márcia Lopes Rodrigues, que foram libertadas a um quilômetro do aeroporto.
As duas aeromoças disseram ter vivido momentos de terror durante os cinco minutos em que ficaram em poder da quadrilha.
Segundo elas, não houve violência física durante o roubo nem pânico entre os passageiros durante o assalto.
"Estávamos fechando a porta de embarque do avião quando eles anunciaram o assalto. Ninguém teve tempo de reagir. Eles pediram que os passageiros baixassem a cabeça", disse Flávia Fusetti Fernandes, 22, que é aeromoça da TAM há três anos.
"É difícil manter a calma quando se tem uma arma nas costas. Na hora, eu pensei que fosse morrer", afirma a aeromoça Márcia Lopes Rodrigues, 24, que também foi sequestrada pelo grupo.
Apesar do susto, as duas disseram na delegacia que estavam prontas para a "próxima viagem" de trabalho.
Calma
Segundo as duas funcionárias da TAM, os ladrões aparentavam uma certa calma quando pediram ao co-piloto do avião que abrisse o compartimento de cargas.
As duas moças foram libertadas pela quadrilha logo em seguida, a um quilômetro do aeroporto, em um ponto de ônibus.
As aeromoças da TAM pegaram carona com um carro que passava, do empresário Olavo Nogueira Neto, e retornaram ao aeroporto.
À polícia, elas acrescentaram que só viram quatro assaltantes e que não presenciaram a perseguição policial.

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