São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Atividade industrial é estável em março

DA REPORTAGEM LOCAL

O ritmo de atividade da indústria paulista permaneceu estável no mês passado, em comparação com fevereiro.
O INA, indicador de nível de atividade da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), registrou queda de 0,1% no mês.
As vendas reais no período cresceram 1% no mesmo período, mas o número de horas trabalhadas na indústria teve queda de 1,6%.
"O diagnóstico é de estabilidade", diz Bóris Tabacof, diretor do Departamento de Economia da Fiesp. "De janeiro para cá a variação na atividade industrial tem sido pequena."
No primeiro trimestre de 96, em comparação com o mesmo período de 95, o indicador aponta para queda de 7% na atividade industrial paulista. De março de 95 a março deste ano a redução ainda é maior: 8%.
Mas, nos últimos seis meses (setembro de 95 a março deste ano) o crescimento da atividade industrial, medido pelo INA, foi expressiva: 16,9%.
Desempenho que não foi acompanhado pelo nível de emprego. No mesmo período houve redução de 2,1% no total de horas trabalhadas na produção.
Tendência
Para Tabacof, a tendência de queda do nível do emprego continua. Em março de 96, o número de pessoas ocupadas na indústria paulista ficou 10,6% abaixo do registrado em março de 95. Mas o salário real médio cresceu 1,5%.
"A principal causa do desemprego é a competição entre as empresas", diz Tabacof. O empresário não consegue compensar aumento de custos com preços mais altos e recorre a demissões.
Com o aumento de produtividade, as empresas não voltam a contratar quando a demanda aumenta. "Produzem o mesmo volume ou mais com o mesmo número de empregados", diz Tabacof.
Para gerar mais empregos e aumentar a atividade industrial é preciso retomar os investimentos, afirma o diretor da Fiesp.

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