São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Ponto de partida; O retorno da TFP; Propaganda dispensável; Homônima; Transtorno; Nova regra; Zé Povinho

Ponto de partida
"Parabéns pelo contundente editorial de 21/4. Nosso país precisa de medidas urgentes e acredito que a infeliz tragédia de Eldorado de Carajás será o ponto de partida nas mudanças de atitude dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Estarei atento nas edições de domingo para leitura da 'série de reportagens e editoriais que tentarão ir além da crítica fácil'.
O editorial está afixado nos quadros de avisos dirigidos aos nossos 800 funcionários, bem como esta carta."
Carlos Alberto Brigagão, diretor-presidente da Calçados Sândalo S/A (Franca, SP)
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"O editorial 'O outro lado da moeda' (21/4) apresenta uma visão lúcida da situação social brasileira e uma estimativa de quanto custaria a sua erradicação.
Acabar com a miséria no Brasil é, além de uma questão ética, moral e de justiça social, uma questão econômica."
Antônio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Regional de Economia -Corecon-SP (São Paulo, SP)
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"Li o editorial na Primeira Página de 21/4. Lamentei o esquecimento da chacina em Caruaru (PE). O massacre ali foi tão brutal quanto o de Corumbiara, Eldorado de Carajás, Vigário Geral e da Candelária.
Por que a Folha esqueceu? Será respeito pela esquerda? Será que deseja preservar a imagem do governo de Pernambuco? Por que não continuar a cobertura daquele triste episódio?"
Ernani Bastos Pimentel (Brasília, DF)
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O retorno da TFP
"A Folha publica em 24/4 o retorno da insepulta TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade) em matéria paga e muito bem paga na qual, com argumentações distorcidas e espantosas, consegue o que até o sr. Almir Gabriel e as mais obscuras forças de direita não conseguiram: provar que a culpa do massacre bárbaro do Pará pertence àqueles que foram chacinados e não àqueles que os assassinaram cruelmente.
Com a publicação de tais baboseiras, a Folha assume, definitivamente, que está, de forma clara e incontestável, de 'rabo preso com todo o mundo' (que puder gastar para valer...)."
João Roberto Machado (Contagem, MG)

Propaganda dispensável
"Tendo em vista o rombo bilionário da estatal, é nojenta a atual propaganda televisada do Banco do Brasil. É nada mais que uma desesperada tentativa da diretoria de escapar de sua merecida demissão por -pelo menos- incompetência.
Se o dinheiro para essa triste brincadeira existe, melhor aplicá-lo na agilização dos caixas que atendem o cidadão (e contribuinte!) comum."
Hanns John Maier (Ubatuba, SP)

Homônima
"Leio estarrecida na Folha de 20/4 uma opinião de pessoa homônima, defendendo a atitude hedionda de policiais no massacre dos sem-terra de Eldorado de Carajás.
Como professora de escola pública, sempre comprometida que fui e sou com as lutas do magistério, quero apresentar a minha indignação contra o massacre e minha solidariedade à luta dos sem-terra.
Nesse sentido, discordo radicalmente da opinião manifestada neste jornal por pessoa homônima."
Ana Maria Figueiredo Barbosa (São Paulo, SP)

Transtorno
"A vereadora Aldaíza Sposati ficou compreensivelmente transtornada diante da evidência, demonstrada anteontem neste 'Painel do Leitor', de que o governo Paulo Maluf, além de concluir as obras viárias criminosamente paralisadas pela gestão petista, dedicou mais verbas para a área social.
Ignorante, a vereadora deixa claro que não aprendeu nada sobre administração municipal nesses três anos em que está no Legislativo. Apenas nas secretarias de Educação e Saúde, o atual governo gastou respectivamente US$ 111 milhões e US$ 17 milhões a mais que a gestão passada.
A razão para isso é simples: Paulo Maluf não enriquece os empresários de ônibus da cidade com a mamata de US$ 1 milhão por dia, como fez a calamitosa gestão do PT, quando ainda existia o monstrengo chamado CMTC, que drenava os cofres públicos pelo ralo da incompetência e da corrupção.
Aldaíza Sposati ocupou o cargo de secretária das Administrações Regionais e foi demitida pela ex-prefeita Luiza Erundina por 'quebra de confiança'.
E foi na delegacia de polícia que ela teve de comparecer para explicar o contrato com a Shell para a reforma de Interlagos, processo que ainda hoje corre na Justiça.
Quanto à questão das creches, a atual gestão instalou, sim, principalmente por meio de convênios com entidades assistenciais, 131 novos pontos de atendimento, cujas localizações estão sendo comunicadas ao poder fiscalizador competente, ou seja, à Câmara Municipal de São Paulo.
Esses convênios evitam o empreguismo desenfreado que a gestão passada fazia nas creches diretas para atender o corporativismo das assistentes sociais, já que a assistente social Luiza Erundina se preocupava mais em arranjar emprego de diretora de creche para as colegas do que em cuidar efetivamente das crianças."
Celso Pitta, secretário das Finanças do Município de São Paulo (São Paulo, SP)

Nova regra
"Sem apelar para a tão decantada reforma gráfica, a Folha tem alguma justificativa plausível para grafar Brasil com 'b' no alto das páginas do caderno principal?
Puro capricho ou este jornal arrogou para si o direito de estabelecer nova regra da gramática portuguesa?"
Paulo Cesar Oliveira (Taubaté, SP)

Zé Povinho
"O 'Painel do Leitor' é uma vitrina de pensamentos, opiniões e tudo mais dos leitores deste prestigioso jornal. Eu sou o primeiro a aplaudir essa 'deixa' que nos dão.
Agora, ultimamente, muitos políticos e homens de destaque aparecem nestas colunas. Recado: por favor, senhores mais 'iguais' que os outros, deixem este espaço para nós: 'Zé Povinho'."
Gijo Kikuti (São Paulo, SP)

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