São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Minestrone
Desde o almoço de quarta-feira no Alvorada, as coisas azedaram de vez para o lado do anfitrião Fernando Henrique Cardoso.
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Da conversa -que deveria ser totalmente discreta- vazou a história da reforma ministerial.
E o constrangimento causado foi rotulado de "gravíssimo".
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Líderes dos partidos souberam pela TV -e ministros idem.
E entre tanta confusão, ainda, de lambuja, o problema pessoal com Dorothea Werneck.

Highway
Enquanto procura um ponto para abrir seu luxuoso restaurante Harry Cipriani em São Paulo -com gerente made in Italy respondendo direto para Rogerio Fasano aqui-, a contramão da história está tão movimentada quanto.
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Rogerio Fasano vai fazer a rota inversa -isto é, abrirá um Fasano em Nova York, no Upper East Side.
Com o mesmo estilo e décor do seu da Haddock Lobo, sob a responsabilidade de Giuseppe Cipriani.

Paralelepípedo
Na posse do Conselho Nacional do Trabalho, segunda-feira no Palácio do Planalto, vai ter novidade muito bem-vinda -tanto para o mercado em geral quanto para o ego do governo, aliás em baixa total.
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Em convênio entre o Ministério do Trabalho e o BNDES, surge um providencial Programa Pró-Emprego.
Com injeção de US$ 6 bilhões em três anos.

Montanha-russa
A cúpula do PFL aposta que Luiz Carlos Santos está apenas esquentando o trono para quando Luís Eduardo Magalhães sair da presidência da Câmara.
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Quem conhece bem o novo ministro para Assuntos Parlamentares sabe que ele não é de esquentar assento para ninguém.

Pavio
O dia 17 de abril vai ficar marcado na história brasileira dos conflitos no campo.
O Movimento dos Sem Terra pensa em transformar a data -dia do massacre no sul do Pará- no Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Manivela
Antes mesmo de chegar segunda-feira às prateleiras, o novo livro de Roberto Campos, "Antologia do Bom Senso", já pegou vento a favor.
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Foram tantos os pedidos dos livreiros que o editor José Mário Pereira, da Topbooks, duplicou a primeira edição.

Hitchcock
Aumentaram -e muito- as despesas de José Sarney com o seu sítio São José do Pericumã.
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Agora, duas vezes ao dia, ele precisa soltar rojões para espantar os invasores que cismam em atacar seu milharal.
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Além dos periquitos, que já frequentavam a área, chegou a vez de os tucanos -de penas mesmo- resolverem também invadir o pedaço.

Lenha
O primeiro sinal de que o frio precoce alavancou as vendas -e aqueceu o mercado- foi dado pelo café.
As vendas cresceram 10% -segundo levantameno do Café do Ponto, vice-líder nacional.

Pedal
Tem nome -e sobrenome- a articulação junto aos empresários.
Quem deu o empurrão para a Fiesp tomar uma posição mais concreta em relação ao problema do desemprego foi o senador Fernando Bezerra, presidente da CNI.

Kabuki
Responde pelo nome de Fausto Silva o brasileiro mais feliz com a chegada da Shiseido ao país.
Ele usa há 12 anos produtos de beauté da marca, comprados em suas múltiplas viagens mundo afora.

DEZ ÔNIBUS
Nada a ver com congestionamento ou desconforto. Maldosa na essência, a expressão circula entre jardinettes para definir -ou excluir- pessoas identificadas como bregas no limite. E o lance é dizer que, para chegar aos Jardins, elas tiveram que pegar dez ônibus.

E-mail±joyce@folha.com.br

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