São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Governo vai treinar recém-assentados
SHIRLEY EMERICK
Essa qualificação vai incluir o trabalho com a terra, manuseio de maquinário e comercialização dos produtos para trabalhadores recém-assentados. O programa será executado pelos Estados e vai custar R$ 40 milhões. Os recursos fazem parte dos R$ 300 milhões liberados na segunda-feira pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O programa é sustentado pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O secretário de Formação Profissional do Ministério do Trabalho, Nassim Gabriel Mehedff, disse que o desembolso dos recursos será feito até o próximo dia 20. "O problema da reforma agrária não é só distribuir terra, mas os recursos financeiros, tecnológicos e humanos", afirmou. A região que irá treinar maior número de trabalhadores é o Nordeste (42 mil), seguida do Norte (35 mil) e Centro-Oeste (32 mil). Funcionalismo O Ministério do Trabalho também vai priorizar o treinamento de funcionários públicos demitidos e jovens de 15 a 21 anos em situação de risco social. Os Estados vão investir R$ 48 milhões para requalificar 161 mil servidores e R$ 24 milhões para dar cursos escolares e treinamento para 80 mil adolescentes. Segundo o secretário, os jovens que não tiverem o 2º grau completo participarão paralelamente de cursos supletivos. Esse treinamento não será inferior a seis meses, e o jovem ainda receberá bolsa-alimentação e vale-transporte. Dentro do Programa Nacional de Educação Profissional, o governo escolheu também sete setores, segundo as prioridades nos Estados, que receberão recursos para requalificação de seus profissionais: construção civil, turismo, sistema financeiro, indústrias têxteis, setores canavieiro e cacaueiro e indústria de calçados. Segundo Mehedff, a meta do governo é treinar, a partir de 98, 20% da População Economicamente Ativa do país, que hoje é de 65 milhões de pessoas. Texto Anterior: Perito trabalha só meio período Próximo Texto: Manifesto pede 'devida punição' Índice |
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