São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Mulher acusa policial de liberar suspeito de matar seu marido
HELIO SANTOS
Segundo ela, o policial teria errado ao não prender o moldureiro Elito Aparecido da Silva, principal acusado da morte do comerciante de quadros Enilson Alves Miranda, 48, marido de Cícera. Silva foi levado à delegacia no dia do crime. O comerciante foi morto na última sexta-feira com quatro tiros e um golpe de gilete no pescoço, em sua casa, em Ibiúna (SP). Silva, que diz ter matado o patrão porque ele estaria lhe devendo oito meses de salários, foi preso anteontem, em Frutal (MG), pela delegada Yara Aparecida de Arruda, também do 77º DP. Cícera emprestou um carro para a polícia fazer a prisão. Sangue Após o crime -cometido com o revólver do comerciante-, Silva diz ter pegado a camionete D-10 de Miranda, R$ 500 e a arma. Mesmo sem carteira de habilitação, Silva dirigiu até Santa Cecília, onde foi abordado pela polícia. Como não tinha documentos do carro nem da arma, foi levado para o 77º DP. Silva afirmou ao delegado Takahashi que o carro e a arma eram de seu patrão e que as manchas de sangue em sua roupa eram decorrentes de mordidas de um cachorro. Takahashi apreendeu o revólver e a camionete e liberou Silva. Segundo Cícera, o policial teria errado porque "sequer procurou checar as informações". Outro lado O delegado Takahashi disse ontem que não quer comentar o caso. O moldureiro afirmou que no dia do crime foi pedir dinheiro ao patrão e os dois teriam discutido. "Tomei a arma dele e atirei. Como estava vivo, peguei uma gilete e cortei o pescoço dele." Cícera negou que seu marido fosse patrão do acusado. "Ele foi empregado do meu marido em uma casa de molduras na rua Baronesa de Itu. Faz mais de um ano que a firma faliu." Texto Anterior: Gostaria que não tivesse ocorrido, diz PM Próximo Texto: Quadrilha enterra dólar em chácara Índice |
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