São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
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HISTÓRICO ESCOLAR

Márcio Thomaz Bastos, advogado criminalista - "Eu não fiz pré-primário. Não tinha onde eu estudava, em Cruzeiro (cidade no interior de São Paulo, a 210 km da capital). As crianças eram alfabetizadas em casa. Não sei se é bom ir muito cedo para a escola. Mas esse negócio de nivelar a escolaridade com outros países parece bom."

Antônio Fagundes (foto), 47, ator - "Não fiz pré, mas meus filhos vão à escola desde os 2 anos. Acho importante para a criança se desenvolver. A pré-escola funciona um pouco como preparação. Mas também acho que tudo o que é obrigatório é ruim. Quando o Estado cumprir suas obrigações, pode interferir na vida das pessoas."

Júlio Neves (foto), 63, arquiteto - "Eu acho que foi boa a experiência da pré-escola. Pelo pouco de que eu me lembro, pois tinha menos de 7 anos, a gente ficava brincando."

João Gordo (foto), 32, vocalista do grupo punk Ratos do Porão - "Fiz prezinho em uma escola que se chamava São Paulo da Cruz, em São Paulo mesmo. Esse pré não serve para nada. Acho inútil."

Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião Urbana - "Fiz pré-primário no Uruguai e depois, quando voltei ao Brasil, em Brasília estudei também em outras escolas. Acho ques os CAS (cursos de alfabetização da rede pública para crianças) são mais importantes. Não acho que o pré-primário tenha de ser obrigatório."

Flávio Fava de Moraes, 57, reitor da USP - "Não fiz o pré-primário, que na minha época se chamava jardim da infância. Quanto ao projeto, acredito que, pelo menos, os oito primeiros anos deveriam ser obrigatórios para todas as crianças. O primeiro ano é como o primeiro amor, e a primeira professora a gente nunca esquece."

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