São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Reajuste de 15% quebra argumento INSS era desculpa para conter o mínimo VERA BUENO DE AZEVEDO
Falando sobre a elevação do mínimo de R$ 70,00 para R$ 100,00, em outubro de 94, o então presidente eleito Fernando Henrique Cardoso disse: "É demagogia. Ao chegar à Presidência, veto". O argumento para o veto (que não ocorreu), segundo ele, era a existência de 11,5 milhões de aposentados recebendo um salário mínimo. "Aumentar o mínimo para R$ 100,00 faria a Previdência Social quebrar", afirmou na época. Em novembro de 94, FHC dizia que elevar o mínimo sem reformar a Previdência seria "fingir ajuda ao trabalhador", pois se concederia "um salário que depois não tem poder de compra". Com o reajuste do mínimo em 12%, fica um pouco mais distante a promessa de FHC, na campanha eleitoral para a Presidência, de dobrar o valor do salário mínimo (na época de R$ 70,00) em seus quatro anos de governo. "Um salário de R$ 70,00 é péssimo, é mais do que injusto (...) No meu governo vou fazer a revisão constitucional e, ao longo de quatro anos, posso dobrar esse valor", dizia FHC em agosto de 94. Em fevereiro de 95, falou em R$ 200,00. Após um ano e quatro meses de governo, a ampla revisão constitucional não corre tão rápido e enfrenta obstáculos. A reforma da Previdência está parada por decisão da Justiça e a administrativa ainda não saiu do forno. Mas o governo insiste que cumprirá a promessa de dobrar o mínimo até 98. Texto Anterior: Resultados podem se inverter Próximo Texto: Trabalhador vaia reajuste de 12% no DF Índice |
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