São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
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CUBA; VATICANO; POLÔNIA; CHINA; IUGOSLÁVIA; MÉXICO; BELARUS; REINO UNIDO

CUBA - Durou quase três horas o desfile realizado em Havana para celebrar o Dia do Trabalho, o primeiro desde 93. Nos anos anteriores, a festa não ocorreu para conter gastos. Pessoas carregavam cartazes contra a lei Helms-Burton, que reforçou o embargo dos EUA contra Cuba. Barcos do grupo Irmãos para o Resgate protestaram contra Fidel Castro no limite das águas territoriais cubanas.

VATICANO - João Paulo 2º pediu aos católicos que rezem pelos que não têm emprego. Falando a fiéis durante uma cerimônia na praça São Pedro, em Roma, o papa lembrou do período em que trabalhou em uma pedreira, durante a ocupação da Polônia pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. João Paulo 2º também recordou a luta dos poloneses contra o regime comunista na década de 80.

POLÔNIA - Partidários de grupos de direita e manifestantes neocomunistas entraram em confronto durante manifestações em várias cidades da Polônia. Pelo menos sete pessoas foram presas em Varsóvia, depois que os direitistas tentaram interromper um comício que reunia cerca de 3.000 sindicalistas e militantes de esquerda no centro da capital.

CHINA - A polícia reprimiu uma manifestação de vendedores de roupas que protestavam contra a apreensão de seus bens em Pequim. Os manifestantes disseram que o mercado onde trabalhavam foi fechado na última segunda-feira, e suas mercadorias, apreendidas. A polícia rasgou e recolheu faixas. Pelo menos duas pessoas foram presas.

IUGOSLÁVIA - Um retrato do dirigente comunista Josip Tito caiu da parede e despedaçou-se no chão quando um grupo de militantes comunistas cantava a "Internacional". O incidente, relatado por testemunhas, ocorreu durante comemoração do Primeiro de Maio em Niksic (Montenegro). O retrato foi substituído, e a cerimônia prosseguiu.

MÉXICO - Cerca de 100 mil pessoas protestaram na Cidade do México contra a política econômica do governo do presidente Ernesto Zedillo. A manifestação foi pacífica e terminou em frente ao Palácio do Governo. O presidente Zedillo celebrou a data com um discurso para cerca de 3.000 membros da Confederação Geral do Trabalho, central sindical ligada ao governo.

BELARUS - Cerca de 8.000 pessoas protestaram nas ruas contra a situação econômica precária do país e a política pró-Moscou do presidente Alexander Lukachenko na capital, Minsk. Houve confronto entre policiais e manifestantes, e pelo menos 30 pessoas foram levadas para hospitais da cidade com ferimentos. Um cinegrafista russo teve sua câmera apreendida.

REINO UNIDO - Estudantes da Universidade de Oxford mantiveram a tradição de pular da ponte Magdalen nas águas rasas do rio Cherwell, após passarem a noite bebendo e dançando. A polícia fez uma campanha para convencer os estudantes a não pularem da ponte, mas 30 estudantes o fizeram. Há dois anos, 22 pessoas ficaram gravemente feridas, mas neste ano não houve vítimas.

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