São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996 |
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'Caso da fita' tem novos telefonemas Ligações param no dia da publicação pela Folha MARCELO DAMATO
Cattani e Alves são os dois principais personagens do caso da "fita do suborno". Essa fita contém conversas de Cattani em que ele afirma ter comandado um esquema de fraude de arbitragens a mando do presidente do Botafogo. O suposto esquema teria funcionado no Campeonato Paulista da Série A-2 do ano passado. O Botafogo foi o terceiro colocado e se classificou para a Série A-1 de 96. Cattani e Alves negaram, em depoimento à polícia, a existência desse esquema e até mesmo que se conheçam. A descoberta desses novos telefonemas, porém, reforça a suspeita em torno da ligação. Evidências Esses não são os primeiros telefonemas feitos entre aparelhos usados por Alves e Cattani. Em janeiro, a Folha publicou uma relação de ligações para o celular de Cattani feitas do celular de Alves e outra para telefones usados por Alves (celular, residencial e os do Botafogo) feitas de aparelhos de Cattani (residencial e celular). Naquela oportunidade, Alves disse que Cattani o procurou dizendo querer vender-lhe carros, mas que nunca havia atendido o telefone nas mais de 400 ligações. Clube Desta vez, a Folha localizou provas de que foram feitos oito telefonemas a partir da casa de Alves. O último deles aconteceu no dia 18 de outubro, dia em que a Folha publicou a primeira reportagem sobre a "fita do suborno". Existem também 12 telefonemas para o celular de Cattani feitos a partir do Botafogo. É a primeira vez que se localiza uma ligação a partir do clube no suposto esquema de fraude. Há ainda um telefonema feito a partir do Botafogo para o aparelho da Tyrrel Veículos. Essa é uma empresa de comércio de carros usados, localizada em São Miguel Paulista (zona leste da capital), onde o ex-juiz mora. Em outubro, Cattani declarou à Folha que trabalhava para essa empresa. Texto Anterior: Favorito ganha prova de 100 m Próximo Texto: Cattani volta a negar caso Índice |
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