São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996 |
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Ecoville é o novo bairro verde de Curitiba
OSCAR RÖCKER NETO
O novo bairro, que está sendo construído na zona oeste da capital paranaense, vai ocupar uma parte do bairro do Mossunguê, região até agora pouco habitada. Segundo dados do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), a densidade habitacional no Mossunguê é de 12,19 habitantes por hectare. No Batel, um dos principais bairros residenciais da cidade, o índice chega a 96,82. Um hectare tem 10 mil m². O impacto no mercado imobiliário foi grande. A Ecoville representou 22% dos lançamentos de apartamentos de quatro dormitórios realizados em Curitiba em 1995, segundo pesquisa da Volpi Jr. Consultoria Imobiliária. Empreitada conjunta A Ecoville foi lançada em outubro de 1994 pelas construtoras Thá, Casa, Hauer e Moro. Juntas, elas investiram R$ 350 mil na publicidade do lançamento simultâneo dos quatro primeiros prédios. Atualmente, seis construtoras estão levantando dez prédios na região -o 11º começa a ser construído em junho. Em outubro, será entregue o primeiro edifício, o Terrazza Maggiore, de alto padrão, da Casa Construção. Terá apartamentos com preços médios de R$ 240 mil. Outras três obras vão ser lançadas ainda este ano. Pelo menos outras sete construtoras já investiram na compra de terrenos no local. Alternativa "Estamos criando uma alternativa de moradia completamente diferente", diz Sérgio Bromfman, diretor da Casa e um dos gestores da idéia. Ele se refere às características de zoneamento do local. A maioria dos terrenos tem cerca de 5.000 m², com grandes áreas verdes nativas. Os prédios vão ficar a uma distância mínima de aproximadamente 60 metros um do outro. A separação garante boa insolação e vista panorâmica. Os prédios são todos de alto padrão. Os apartamentos custam entre R$ 130 mil e R$ 450 mil (não incluídas as coberturas). Superestrutura Ocupar a região da Ecoville é um antigo projeto da Prefeitura de Curitiba, que tentou ocupar a área em 1980. Na época, foi criada uma boa infra-estrutura (três vias de tráfego, linha de ônibus etc.) com recursos do Banco Mundial. O projeto, no entanto, acabou fracassando por falta de verbas. Eduardo Quiza, 30, gerente da Thá Construções, explica que, até agora, as construtoras temiam investir no local. "É uma região nova, que causava insegurança. Se lançássemos os prédios isoladamente, perderíamos força." Próximo Texto: As ofertas de edifícios na Ecoville Índice |
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