São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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Cachorros vivem comédia de amor

MÔNICA RODRIGUES COSTA
EDITORA DA FOLHINHA

"Uma Dama e um Vagabundo em O Amor É um Osso Duro de Roer", de Marcelo Saback, montado em 1992 no Rio de Janeiro, recria o desenho da Disney em que a Dama se apaixona pelo Vagabundo.
Agora, a cadela vive sozinha e passeia no parque Ibirapuera com as amigas. É assediada por Lorde Cocker, sem nenhum caráter.
O Lorde (Marcelo Médice) quer se casar com a Dama (Marcela Muniz) e vender seu filhotes no exterior. Mas a Dama se apaixona por Vagabundo (Fábio Villa Verde) e acaba se casando com ele.
Antes, há as peripécias. Cocker resolve raptar a Dama. A turma de Vagabundo entra em ação para ajudar o casal a chegar ao final feliz.
Então, entra o melhor do espetáculo -misto de musical e drama com bichos de pelúcia-, que é o humor dos morros cariocas.
Cláudia Mello é Lulu, mulher que deixa malandros a seus pés. Presença igualmente forte, Sandro Christopher faz o amigo de Vagabundo, Purguento, que domina gírias e gingas da malandragem e vai suavizando as cenas de durão na medida em que se envolve com Lulu.
Outra dupla divertida é a que Jorge Demétrio, como Barão de Basset, compõe com Cocker, seu amigo inseparável. Demétrio tem gags irônicas sobre o Lorde.
Qualquer queda sua em cena provoca risos. A atuação remete a seu melhor papel, o Frei Tuck de "Robin Hood", montagem de José Roberto Caprarole.
"A Dama e o Vagabundo" vale pelo bom trabalho dos atores, uma vez que o texto não representa novidade, mesmo que tenha, como tem, inserções de atualidades, como a comercialização de bebês.

Peça: Uma Dama e um Vagabundo em o Amor é um Osso Duro de Roer
Direção: Anderson Müller e Marcelo Caridad
Onde: Teatro Imprensa (r. Jaceguai, 400, tel. 011/239-4203)
Quando: Sábados e domingos, às 16h
Quanto: R$ 12

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