São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996 |
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ONGs ganham direito de ir a conferência
DANIELA FALCÃO
A participação na delegação oficial era reivindicação antiga das ONGs. No último encontro preparatório para a conferência, que aconteceu em fevereiro passado em Nova York (EUA), as ONGs ficaram de fora da delegação oficial do Brasil. Segundo o Itamaraty, as ONGs não haviam sido incluídas na delegação por falta de comunicação com o governo. As sete ONGs que irão compor a delegação brasileira foram indicadas pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana, órgão que representa a sociedade civil no comitê preparatório para o Habitat 2. Versão superficial A Secretaria de Política Urbana -vinculada ao Ministério do Planejamento- apresenta hoje ao comitê preparatório um rascunho do Plano Nacional de Ação, documento com os programas do governo federal nas áreas de habitação e saneamento até o ano 2000. Os 23 representantes do comitê farão hoje em Brasília o último encontro antes do Habitat 2. A primeira versão do Plano Nacional de Ação havia sido apresentada ao comitê no início do ano. A Secretaria de Política Urbana decidiu fazer uma segunda versão porque a primeira foi considerada superficial. As críticas mais duras vieram das ONGs, que consideraram o plano incompleto porque se limitava a listar os programas que o governo federal já vinha desenvolvendo. As ONGs queriam que o plano descrevesse os planos do governo para investimento em habitação até o ano 2015, como a ONU havia recomendado. Também reivindicavam que o plano trouxesse um diagnóstico da situação da habitação no país. Segundo Vera Ribeiro, coordenadora-geral de Estudos e Projetos da Secretaria de Política Urbana, a versão era incompleta porque o prazo de elaboração foi curto. Na nova versão, que deverá estar pronta até o meio da próxima semana, além do diagnóstico foram incluídas as estratégias do governo federal para resolver os problemas até o ano 2000, além de uma descrição dos projetos já aprovados. Vera Ribeiro afirmou que é impossível no Brasil fazer um Plano de Ação para mais de cinco anos. "Seria futurologia, porque não dá para saber se os programas continuariam no próximo governo." Texto Anterior: Polícia acusa pai de matar filha grávida Próximo Texto: Fórum do Rio critica governo Índice |
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