São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996 |
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Hoje, o poder vem de fora
MILTON GAMEZ
Hoje, os investimentos de fora representam em torno de 30% do volume negociado na Bovespa. No mês passado, os estrangeiros enviaram à Bolsa paulista R$ 1,7 bilhão e repatriaram R$ 1,4 bilhão. Tamanho poder de fogo -a Bovespa, no total, movimentou R$ 5,4 bilhões em abril- define, em questão de minutos, o desempenho de um mercado considerado pequeno para receber, sem sustos, o dinheiro de fora. No final, o Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas (as blue-chips), reflete o entra-e-sai dos estrangeiros: Em janeiro, a entrada líquida recorde de R$ 694,7 milhões catapultou o índice para 51.515 pontos, numa alta de 19,83%. Em fevereiro, o saldo positivo caiu para R$ 274 milhões e o Ibovespa cedeu 3,76%. Em março, o fluxo inverteu-se e as saídas líquidas foram de R$ 66,7 milhões. O Ibovespa caiu 0,06%. Em abril, as remessas líquidas ficaram em R$ 316,5 milhões e o índice subiu 4,22%. "Os investimentos estrangeiros são, ainda, muito especulativos. Pelo menos 85% do dinheiro que vem para as Bolsas é volátil, pode sair a qualquer momento", alerta Rubens Marçal, diretor da Lafis. Texto Anterior: Estrangeiros retomam investimentos Próximo Texto: Venda cresce 14,2% nas lojas de SP Índice |
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