São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996
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'O táxi dele vai levar só artista?'

MARIANA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Aldo Lima de Andrade, 41, e há 15 anos trabalhando como taxista, assistiu o primeiro capítulo de "Antônio Alves, Taxista" dentro de seu táxi, no ponto da rua Caraibas, esquina com a av. Alfonso Bovero (na zona oeste de São Paulo).
Antes de começar a novela, o motorista disse: "Quero ver se vai mostrar a vida da gente mesmo ou será que ele só vai carregar artista?. Quero ver enfrentar bandido e cair numas quebradas."
Em uma das primeiras cenas, Tony (Fábio Jr.) ajuda um passageiro com a bagagem. Andrade concorda: "É assim mesmo, o que puder fazer pelo cliente a gente faz." Dessa maneira, como na ficção, consegue a caixinha.
Segundo ele, a novela mostrou bem a vida do taxista. Na cena em que Tony reclama das dificuldades financeiras com sua irmã Amélia (Elaine Cristina), Andrade comentou: "É isso aí mesmo, a gente vive apertado."
O taxista achou que Tony fez a escolha certa em deixar Florianópolis e entrar em uma frota em São Paulo. "É assim que a gente começa", disse. Como o personagem, ele também entrou numa frota e comprou seu carro em um ano.
Na cena em que Tony foi assaltado, Andrade falou que à noite é perigoso mesmo. "Tem que ficar esperto depois das 22h. Evito pegar dois juntos." Para ele, o taxista da novela "estava azarado". Mas no balanço geral ele aprovou a novela e tem certeza que "um monte de motorista de táxi vai assistir".

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